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PF prende Careca do INSS, empresário e advogado também são alvos

Nesta sexta-feira (12), a Polícia Federal (PF) efetuou a prisão de Antônio Carlos Camilo Antunes, popularmente chamado de “Careca do INSS”, e do empresário Maurício Camisotti, apontados como participantes centrais em um esquema de desvio de verbas destinadas a aposentados e pensionistas. A decisão judicial para as prisões partiu do Supremo Tribunal Federal (STF).

Também houve apreensão de artigos de luxo:

Após o cumprimento de mandados de busca e apreensão durante a Operação Cambota, a Polícia Federal apreendeu, nesta sexta-feira (12), em São Paulo, diversos veículos. Entre eles, um Rolls-Royce Phantom avaliado em R$ 11 milhões, o mais caro já retido pelo órgão público.

Entre os veículos identificados durante a operação, também foram apreendidos um Cadillac Escalade, dois Bentley Continental GT de mais ou menos 13 anos atrás, um Bentley Flying Spure e um Toyota SW4. Há chances de que boa parte desses exemplares pertençam ao advogado.

O apelidado “Careca do INSS” atuava como elo entre sindicatos e associações, captando os valores cobrados de forma irregular dos aposentados e pensionistas, e direcionando porções desses montantes a funcionários do Instituto, seus parentes ou companhias associadas a eles.

De acordo com a PF, indivíduos e organizações conectados ao “Careca do INSS” totalizaram R$ 53.586.689,10 em repasses diretos de entidades associativas ou via suas firmas.

Por sua vez, Camisotti está sob investigação como um dos destinatários terminais das irregularidades ligadas a associações de beneficiários. O empresário refuta veementemente as imputações.

Advogado também vira alvo

Os investigadores da PF executam ordens de busca e apreensão em relação ao advogado Nelson Willians, no âmbito da operação que sonda irregularidades no INSS.

Segundo informações de fontes policiais, as razões envolvem transferências financeiras vistas como atípicas pelo Coaf e repassadas à PF, revelando transações em seu escritório na casa dos R$ 4,3 bilhões de 2019 a 2023, além de seus vínculos com o empresário Maurício Camisotti, detido na ação matinal.

O elo entre os dois já havia sido detectado pela CPMI do INSS

Ferrari, carro de F1, armas: as apreensões da PF contra fraudes no INSS

A Polícia Federal (PF) efetuou, pela manhã desta sexta-feira (12), a detenção de Antônio Carlos Camilo Antunes, conhecido como “Careca do INSS”, e do empresário Maurício Camisotti, indiciados como executores do esquema de desvio de verbas de aposentados e pensionistas. A ordem de prisão para o par saiu do Supremo Tribunal Federal (STF).

Os oficiais da PF também realizam buscas e apreensões direcionadas ao advogado Nelson Willians, cujo escritório já figurava nos escopos da CPMI (Comissão Parlamentar Mista de Inquérito) responsável por investigar o escândalo.

Durante a operação desta sexta, a PF confiscou uma Ferrari F8, avaliada em mais de R$ 4 milhões, e uma réplica da McLaren MP4/8, veículo pilotado por Ayrton Senna no campeonato de 1993 da Fórmula 1. Ademais, foram recolhidos numerário, relógios e itens de mobiliário de alto padrão, pinturas, esculturas e armamentos.

Até o instante da publicação deste texto, a PF não divulgou a quem pertencem os bens confiscados.

CPMI aprova quebra de sigilos de sindicato de irmão de Lula

Nesta quinta-feira (11), a Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) dedicada ao Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) autorizou a violação dos sigilos financeiro e tributário de 67 indivíduos e 91 entidades associativas e companhias.

Entre os nomes destacados na relação, constam, além de outros, o de Alessandro Stefanutto – ex-diretor-presidente do INSS e objeto de solicitação de detenção pela CPMI –, assim como Antônio Carlos Camilo Antunes, o Careca do INSS, e o empresário Maurício Camisotti. Antunes e Camisotti acabaram detidos nesta sexta (12) durante uma ação da Polícia Federal (PF) direcionada especificamente a irregularidades no INSS.

No rol das instituições, a CPMI validou a quebra de sigilo da Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura (Contag), vinculada ao PT, e do Sindicato Nacional dos Aposentados, Pensionistas e Idosos da Força Sindical (Sindnapi), entidade na qual José Ferreira da Silva, o Frei Chico, irmão de Lula da Silva (PT), ocupa a vice-presidência.

Ademais, sobressaiu-se entre os objetivos de violação de sigilo a Confederação Nacional dos Agricultores Familiares e Empreendedores Familiares Rurais do Brasil (Conafer), associada à Frente Parlamentar em Defesa do Empreendedorismo Rural e que captou mais de R$ 100 milhões oriundos do INSS.

Um pacto entre opositores e aliados do governo impediu a quebra de sigilo do ex-ministro da Previdência Carlos Lupi e de José Carlos Oliveira, bem como da Federação dos Trabalhadores na Agricultura do Estado de Minas Gerais (Fetaemg).

A comissão estabeleceu que obterá dados bancários das associações cujos sigilos foram rompidos a partir do instante em que se firmou o acordo de cooperação técnica (ACT) com o INSS e estendendo-se até o momento atual.

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