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Sentiu: Lula dá uma passo atrás e diz estar aberto a conversar com Trump

Por Cleber do O Jacaré de Tanda

Em um artigo publicado no jornal The New York Times, o petista Lula da Silva (PT) sinalizou um recuo ao expressar disposição para dialogar com Donald Trump, mas tentou mascarar essa mudança de postura ao manter suas críticas à política tarifária dos Estados Unidos.

Neste domingo (14), Lula declarou que o Brasil está aberto a negociações com os EUA, mas condenou a tarifa de 50% imposta pelo governo Trump sobre produtos brasileiros, descrevendo-a como uma medida “descabida” e “sem sentido”.

Ele afirmou que a busca por empregos e a reindustrialização nos EUA são objetivos válidos, mas defendeu que ações unilaterais não são o caminho. “O multilateralismo garante soluções mais equilibradas e justas”, destacou, sugerindo que a decisão americana tem motivações políticas, e não econômicas.

Lula também respondeu às críticas de Washington ao Supremo Tribunal Federal (STF) pela condenação de Jair Bolsonaro e seus aliados.

“Não se trata de perseguição”, afirmou Lula continuando com sua narrativa, enfatizando que a decisão do STF respeitou a Constituição de 1988 .

A Máscara da Coragem que Esconde o Medo

No mundo da política internacional, onde as palavras são armas e as ações definem legados, o petistaLuiz Inácio Lula da Silva tem se revelado um mestre na arte da narrativa – aquela teia de discursos inflamados que soam como desafios épicos, mas se desfazem ao primeiro sopro de realidade. Recentemente, em um artigo publicado no The New York Times neste domingo (14), Lula posou de estadista soberano, criticando as tarifas de 50% impostas por Donald Trump sobre produtos brasileiros como um “remédio errado” e “ilógico”, e defendendo o julgamento de Jair Bolsonaro no Supremo Tribunal Federal (STF) como uma aplicação imparcial da lei, não uma “caça às bruxas”.

Ele até se abriu para negociações com os EUA, mas enfiou nessa brecha suas velhas narrativas: multilateralismo como salvação, soberania brasileira acima de tudo e as ações de Trump como mera intromissão política. Soa corajoso? É pura falácia, um teatro para consumo doméstico, enquanto por trás das cortinas, o pavor de retaliações americanas – incluindo prisão ou sanções pessoais – faz Lula hesitar em decisões cruciais, como sua ida à Assembleia Geral da ONU em setembro.

Amigos, vou dissecar isso sem rodeios. Lula adora posar de gigante contra Trump, mas suas bravatas são vazias como um cheque sem fundos. Ele ameaça retaliações tarifárias recíprocas de 50% sobre bens americanos, invoca a “Lei da Reciprocidade” aprovada pelo Congresso brasileiro e grita que “nenhum estrangeiro dá ordens a este presidente”. No entanto, o que vemos na prática? Nada além de estudos internos e propostas de diálogo tímidas, enviadas em maio e ignoradas. As tarifas de Trump, anunciadas em julho e efetivadas em agosto, não são só uma picada econômica – elas são as maiores já aplicadas pelo governo americano a um parceiro comercial, atingindo exportações vitais como café, carne e aviões, que representam bilhões para o Brasil.

Trump afirmou isso abertamente como punição pela “caça às bruxas” contra Bolsonaro, seu aliado ideológico, e pela censura imposta pelo STF a vozes conservadoras, incluindo plataformas americanas como X (ex-Twitter) e Rumble. Lula rebate dizendo que é “chantagem inaceitável” e “ataque à soberania”, mas onde está a ação? O Brasil exportou 4% a mais globalmente graças à China, mas internamente, setores como agricultura e aviação gemem sob o peso, e a popularidade de Lula só subiu porque ele soube vender o conflito como defesa nacionalista – um truque clássico para desviar o foco da economia estagnada.E agora, o cerne da hesitação: a abertura da ONU. Como Lula tem o direito tradicional de discursar primeiro na Assembleia Geral, marcada para 23 de setembro em Nova York. É o palco perfeito para suas narrativas globais – clima, multilateralismo, defesa da democracia. Mas Trump já transformou isso em campo minado.

Em agosto, o governo americano revogou vistos de entrada nos EUA para o ministro da Justiça Ricardo Lewandowski e, em julho, para Alexandre de Moraes e outros oito juízes do STF, além de familiares, sob a política de restrições de visto por “censura a expressão protegida”. Trump escalou: em 5 de setembro, baniu vistos diplomáticos para a delegação brasileira na ONU, chamando o governo Lula de “esquerda radical” e ligando isso à postura pró-Palestina do Brasil. Lula ainda não confirmou se vai – fontes do Planalto falam em “avaliação de riscos”, e ele se diz “pronto para um encontro bilateral” nas margens do evento, mas sem data marcada. Por quê? Porque Trump não para por aí. Em 30 de julho, invocou a Lei Magnitsky Global – uma ferramenta histórica contra violações graves de direitos humanos, como torturas e corrupção – contra Moraes pessoalmente. Isso congela ativos nos EUA (embora Moraes não tenha declarados), proíbe transações financeiras com americanos e o barra de entrada no país, sob acusação de “detenções arbitrárias” e “supressão de liberdade de expressão” no caso Bolsonaro.

É inédito: pela primeira vez, um juiz supremo de uma democracia aliada é sancionado assim, e Trump o descreveu como “um dos mais poderosos do Brasil”, responsável por uma “caça opressiva” que afeta até empresas americanas.Será que Lula está com medo? Claro que sim – e com razão. Trump e sua equipe não falam à toa: desde julho, acumulam ações que vão além da economia, tocando em sanções pessoais que poderiam atingir o círculo de Lula. Imagine o presidente brasileiro, ou seus ministros, barrados em solo americano, com ativos congelados ou pior: acusações de interferência em eleições livres, ecoando o que Trump sofreu nos EUA. A Lei Magnitsky, expandida por Trump em fevereiro para incluir “ataques à democracia”, já foi usada contra aliados como o húngaro Antal Rogán (mas removida por conveniência política), e agora serve de modelo para punir quem Trump vê como ameaça a seus “aliados globais”, como Bolsonaro. No Brasil, isso reverbera: Moraes rebateu chamando as sanções de “trama covarde e traiçoeira” orquestrada por bolsonaristas exilados, mas Lula, em vez de cortar laços, manda recados de “diálogo”.

É o recuo disfarçado de sabedoria – afinal, quem quer arriscar uma prisão em solo yankee, ou retaliações que fechem mercados para exportações brasileiras? Trump já prometeu mais: em audiências no Congresso americano, aliados como o deputado Rich McCormick pedem sanções ampliadas contra “enablers” de Moraes, incluindo deportações sob a “No Censors on Our Shores Act”. E se o próximo alvo for Lula? Suas narrativas sobre “soberania inegociável” soam vazias quando ele hesita em pisar nos EUA, temendo que Trump transforme palavras em algemas.No fim, isso expõe a fragilidade do lulismo: um governo que vive de narrativas anti-imperialistas para unir a base esquerda, mas treme ante o primeiro vislumbre de poder real. Trump não é falácia – ele age, com tarifas que custam bilhões, vistos revogados que isolam autoridades e sanções Magnitsky que marcam para sempre. Lula? Desafia em colunas de jornal, mas recua na hora H, priorizando sobrevivência sobre confronto. Se for à ONU, que vá com peito aberto; se não, que admita: o medo de retaliação americana, após tudo que Trump já disse e fez, é maior que qualquer discurso de bravura.

O Brasil merece mais que falácias – merece líderes que enfrentem gigantes, não que se escondam atrás de palavras.

Escrito por Cleber do Jacaré de Tanga exclusivo para o Portal Código 22

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