Por Moisés do Canal Pátria e Defesa
Nos Estados Unidos, um movimento significativo e coordenado está ganhando força para garantir que Nicolás Maduro, presidente da Venezuela, seja responsabilizado por seus crimes, particularmente relacionados ao narcoterrorismo e à crise humanitária na América Latina. Este movimento envolve ações legislativas, judiciais, militares e diplomáticas, refletindo uma estratégia abrangente para isolar Maduro e seus aliados. Abaixo, analisei os principais pontos desse movimento.
Contexto e Declarações Chave
1. Testemunho no Senado dos EUA: Durante uma audiência no Senado dos EUA em 16 de setembro de 2025, o diretor do FBI, Kash Patel, confirmou que Nicolás Maduro lidera uma organização terrorista. Ele destacou que há provas sólidas de que drogas estão sendo traficadas da Venezuela para os Estados Unidos via Haiti. Essa declaração foi feita em resposta a perguntas do Senador Lindsey Graham, que inquireu sobre a conexão entre Maduro e grupos narcoterroristas no Caribe. Patel afirmou que a missão de combater essas atividades tem sido liderada pelo Departamento de Defesa, mas ele deferiu questões sobre a autoridade legal ao Procurador-Geral e ao Departamento de Justiça.
2.Indicações de Designação como Estado Patrocinador do Terrorismo: O Senador Graham sugeriu que a Venezuela pode ser candidata a ser rotulada como um “estado patrocinador do terrorismo” sob a lei dos EUA. Patel respondeu que, a partir de sua perspectiva, o FBI fornecerá a inteligência necessária para qualquer país que atenda aos critérios para essa designação, indicando uma possível escalada nas medidas contra Maduro.
3.Operação Militar no Caribe: Em agosto de 2025, os Estados Unidos deployaram forças aéreas e navais para o sul do Caribe como parte de uma estratégia para combater cartéis de drogas latino-americanos. Essa operação, mencionada em relatórios da Reuters, visa não apenas coletar inteligência, mas também preparar-se para ações diretas, caso necessário. O presidente Donald Trump tem enfatizado a necessidade de combater o tráfico de drogas como uma prioridade central, parte de uma agenda mais ampla de segurança de fronteiras.
4. Declarações de Trump e Prioridades Regionais: O presidente Trump reiterou que Maduro deve deixar o poder para o bem da América Latina, descrevendo a situação na Venezuela como uma tragédia de proporções históricas. Em um encontro multilateral, Trump pediu que todos os países da região impusessem sanções a Cuba, vista como um apoiador crucial do regime de Maduro. Além disso, Pete Hegseth, uma figura proeminente na administração Trump, declarou que as Américas agora são a prioridade número um, sinalizando um foco renovado na região.
5.Marco Rubio, secretário de Estado dos EUA, declarou em 15 de setembro de 2025 que Nicolás Maduro não é um governante legítimo, mas sim um narcotraficante que sequestrou a Venezuela para prejudicar os Estados Unidos.
Principais Pontos
-Kash Patel no Senado: Patel confirmou a ligação de Maduro com o narcotráfico, especificamente mencionando que a cocaína sai da Venezuela, passa por Haiti e chega aos Estados Unidos. Ele enfatizou que os Estados Unidos estão determinados a caçar todos os traficantes envolvidos, com indiciamentos já em andamento pela DEA (Drug Enforcement Administration).
Maria Salazar também trabalha contra Maduro:
-Rota do Tráfico: Patel detalhou que a cocaína tem seu ponto de origem na Venezuela, utilizando pontos de transbordo em Haiti e navegando pelo Caribe até os Estados Unidos. Essa rota é crítica para a estratégia de interrupção do tráfico.
-Autoridade Legal e Ações Futuras: Embora Patel tenha deferido questões sobre a autoridade legal ao Departamento de Justiça, ele deixou claro que o FBI está pronto para fornecer a inteligência necessária para ações subsequentes, incluindo a possível designação de Venezuela como um estado patrocinador do terrorismo.
O Movimento em Ação
O movimento contra Maduro nos Estados Unidos pode ser desdobrado em várias frentes:
1.Legislativa e Judicial: A audiência no Senado é parte de um esforço maior para construir um caso legal contra Maduro. A menção à DEA e aos indiciamentos sugere que há um processo em andamento para processar Maduro e seus associados por crimes de narcotráfico e terrorismo.
2.Militar e de Segurança: A operação no Caribe é um componente crítico, demonstrando a disposição dos Estados Unidos de usar força militar para interromper o tráfico de drogas. Essa ação não apenas visa Maduro, mas também seus aliados regionais, como os cartéis mexicanos e os apoiadores em Haiti.
3.Diplomática: As declarações de Trump e a pressão para que outros países impõem sanções a Cuba indicam uma estratégia diplomática para isolar Maduro. A recusa em reconhecer Maduro como presidente legítimo da Venezuela, conforme mencionado em comunicados do Departamento de Estado, reforça essa postura.
4. Prioridade Regional: A ênfase de Pete Hegseth nas Américas como a nova prioridade reflete uma reorientação estratégica. Isso sugere que a administração Trump está pronta para investir recursos significativos na região, tanto para combater o narcotráfico quanto para promover a estabilidade democrática.
O movimento contra Nicolás Maduro nos Estados Unidos é multifacetado, combinando esforços legislativos, judiciais, militares e diplomáticos. As declarações de Kash Patel no Senado, a operação no Caribe, e as prioridades enunciadas por Trump e Hegseth indicam uma estratégia coordenada para responsabilizar Maduro por seus crimes. A possível designação da Venezuela como um estado patrocinador do terrorismo seria um marco significativo, potencialmente levando a sanções mais duras e ações internacionais. Este movimento não apenas visa Maduro, mas também busca desmantelar as redes de narcotráfico que afetam a segurança dos Estados Unidos e a estabilidade da América Latina. A mensagem é clara: a impunidade de Maduro está chegando ao fim, e os Estados Unidos estão determinados a vê-lo responder por suas ações.
Editorial escrito por Moises do Canal Pátria e Defesa exclusivo para portal O Código 22