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YouTube excluí canal de Maduro em meio a rumores de operação militar

Por Fernando Lisboa do Vlog do Lisboa

O perfil oficial do presidente venezuelano Nicolás Maduro foi permanentemente removido da plataforma de vídeos YouTube, gerando um impacto imediato na comunicação do governo chavista. Com mais de 233 mil inscritos, o canal desapareceu na tarde de sexta-feira, 19 de setembro de 2024, conforme confirmado pelo canal estatal Telesur. Ao tentar acessar a página, os usuários deparam com uma mensagem genérica: “Esta página não está disponível. Pedimos desculpas pelo inconveniente”.

Embora o YouTube não tenha divulgado motivos específicos para a exclusão, fontes ligadas ao governo de Maduro, como a Telesur, atribuem a ação a uma suposta “operação de guerra híbrida” orquestrada pelos Estados Unidos contra a Venezuela, sem qualquer explicação formal da plataforma. Essa informação ganha força no contexto de uma escalada de tensões diplomáticas e militares entre Washington e Caracas, incluindo o envio de oito navios de guerra americanos ao Mar do Caribe sob o pretexto de combater o narcotráfico. Maduro, por sua vez, já havia alertado para uma “ameaça militar” iminente, ordenando exercícios armados na ilha de La Orchila e mobilizando tropas nas fronteiras.

Essa não é a primeira vez que redes sociais intervêm contra o líder venezuelano: em 2021, sua conta no Facebook foi suspensa por um mês após promover um remédio contra a Covid-19; no ano passado, transmissões ao vivo foram bloqueadas no TikTok durante protestos eleitorais, e o X (antigo Twitter) foi suspenso em território nacional por ordem governamental. Até o momento, o governo Maduro não emitiu pronunciamento oficial sobre o episódio, mas analistas veem a remoção como parte de uma pressão cibernética que poderia minar a propaganda estatal em um momento crítico de instabilidade regional.

A Carta de Maduro a Trump: Um Apelo por Diálogo em Meio à Escalada de Tensões e Rumores de Intervenção Militar

Em um gesto que mescla defesa ferrenha e convite à razão, o presidente Nicolás Maduro enviou uma carta aberta a Donald Trump nesta semana, propondo um “canal de diálogo” em meio a uma das crises mais voláteis entre Venezuela e Estados Unidos nos últimos anos. Revelada pela Reuters, a missiva rejeita veementemente as acusações de que Caracas serve como hub central para o tráfico internacional de drogas – uma narrativa alimentada pela Casa Branca para justificar um massivo desdobramento militar no Caribe. “Venezuela não é o que pintam; somos vítimas de uma campanha de difamação que mascara ambições imperialistas”, escreveu Maduro, ecoando o tom de resistência que define seu discurso desde a reeleição contestada em 2024.

A matéria do *The New York Times* de 20 de setembro de 2025 detalha a escalada militar dos Estados Unidos no Caribe, com o envio de oito navios de guerra, incluindo três destróieres da classe Arleigh Burke, um submarino nuclear e mais de 1.200 mísseis, sob o pretexto de combater o narcotráfico ligado ao suposto “Cartel dos Sóis” na Venezuela. A operação, autorizada pelo presidente Donald Trump, é vista como uma demonstração de força contra o governo de Nicolás Maduro, acusado de liderar uma rede de tráfico de drogas. A presença militar, que inclui capacidades para ataques terrestres, intensificou tensões com Caracas, que respondeu com exercícios militares e mobilização de tropas, enquanto Maduro enviou uma carta a Trump pedindo diálogo. Especialistas alertam que a situação pode evoluir para um conflito aberto, com riscos de instabilidade regional, enquanto a Casa Branca mantém ambiguamente suas intenções, sem descartar ações mais agressivas.

Nesta sexta 17/09 Trump publicou um novo vídeo que desmantelou uma terceira embarcação com drogas no Caribe:

Maduro tenta reagir com alguma demonstração de exercícios militares e tanque rodando nas ruas de caracas:

Voltando a carta de Maduro para Trump, o documento surge em um contexto de fumaça e espelhos geopolíticos, onde rumores de uma ação militar americana ganham contornos alarmantes. Há duas semanas, os EUA posicionaram oito navios de guerra, um submarino nuclear e mais de 1.200 mísseis no sul do Caribe, sob o manto de uma operação antinarcóticos contra o suposto “Cartel dos Sóis” – uma rede que Washington acusa de envolver altos oficiais venezuelanos, incluindo o próprio Maduro, rotulado como “líder terrorista-cartel”. Trump, em coletiva recente, não descartou escaladas: “Veremos o que acontece”, disse, ao ser questionado sobre uma possível intervenção para derrubar o regime chavista. Analistas, como o almirante aposentado James Stavridis, ex-chefe do Comando Sul dos EUA, alertam que os três destróieres Arleigh Burke enviados conferem capacidade de ataques terrestres via mísseis Tomahawk, transformando uma caçada a barcos de drogas em algo “muito além de uma operação policial”.

Do lado venezuelano, a resposta é uma mistura de bravata e preparação. Maduro convocou 2.500 militares para exercícios na ilha de La Orchila, mobilizou milícias civis armadas e advertiu: “Se atacarem, declararemos uma República em armas – mancharão as mãos com sangue”. Seu ministro da Defesa, Vladimir Padrino López, acusou os EUA de “buscar um incidente” para provocar uma “guerra não declarada”, enquanto sobrevoos de caças venezuelanos sobre navios americanos foram rotulados por Trump como “altamente provocadores”, com ameaça de abate imediato. Em Washington, vozes como o ex-embaixador Jimmy Story ironizam o exagero: “É como usar um maçarico para fritar um ovo”.

Essa dança perigosa não é nova na saga Trump-Maduro, marcada por sanções, trocas de prisioneiros em julho (com 250 deportados venezuelanos por 10 americanos) e uma recompensa de US$ 50 milhões pela captura do presidente chavista. Mas, em 2025, com Trump de volta à Casa Branca, o tom escalou de pragmático para incendiário. Maduro, isolado diplomaticamente – com apelos à ONU e à CELAC para retirar as forças americanas –, usa a carta para humanizar sua posição: “Exigimos respeito, mas estamos abertos ao diálogo”.

Para os 28 milhões de venezuelanos, exaustos por anos de crise econômica e êxodo, essa tensão evoca fantasmas do passado: rumores de golpes em 1992 ou o fracassado levante de 2019. É teatro político ou prelúdio de conflito? Especialistas como Nazly Escalona, politóloga venezuelana, veem pressão interna no regime: “Pode gerar traições e deserções”. Enquanto isso, a oposição, liderada por figuras como María Corina Machado, pressiona Trump por mudança de regime, mas o risco de uma faísca – um incidente no mar, um sobrevoo equivocado – paira como uma nuvem nuclear sobre o Caribe. A bola está com Trump: diálogo ou detonação? A região prende a respiração.

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