Por Fábio do Canal Fábio Ton
O ministro Luís Roberto Barroso, atual Supremo Tribunal Federal (STF), liberou geral acabou falando demais e colocando os pés pelas mãos durante uma participação em um evento com estudantes. Em um momento que gerou muita revolta, ele soltou a frase “Nós Derrotamos o bolsonarismo”, o que levantou um verdadeiro furacão de críticas nas redes sociais e entre apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro. Agora, tentando apagar o incêndio, Barroso reconheceu que a declaração foi um deslize e pediu desculpas, chamando-a de “infeliz”.
O incidente rolou durante uma roda de conversa promovida pela Universidade de São Paulo (USP), onde o ministro, conhecido por suas opiniões contundentes, acabou escorregando ao misturar tom de vitória pessoal com uma análise política. A fala pegou muito mal, especialmente por vir de um juiz que deveria manter uma postura neutra. Após a repercussão negativa, Barroso usou as redes sociais para se retratar, admitindo o erro em meio à pressão pública.
Assistas as falas do Ministro NÓS DERROTAMOS O BOLSONARISMO E EM SEGUINDA PERDÉU MANÉ
Em sua nota, ele foi direto: “Reconheço que minha declaração no evento da USP, ao dizer ‘Nós Derrotamos o bolsonarismo’, foi infeliz. Peço desculpas por isso e reafirmo meu compromisso com a imparcialidade e o respeito às instituições democráticas.” O pedido de desculpas, porém, não apagou as chamas: opositores acusam o ministro de politização do Judiciário, enquanto aliados do STF tentam minimizar o caso como um “deslize compreensível” diante do contexto polarizado. O episódio reforça o debate sobre o papel de magistrados em assuntos tão divisiveiros, deixando a impressão de que a imparcialidade, às vezes, fica em segundo plano.
Em 29 de setembro, Barroso passará o bastão de presidente do STF para Edson Fachin, marcando o fim de sua gestão sob forte escrutínio. Será este o momento de um verdadeiro mea-culpa, agora que o ministro está no radar de Donald Trump para uma possível sanção da Lei Magnitsky? Vale destacar que Barroso já foi alvo de sanções, estando sem visto para pisar nos EUA, um golpe que pesa em sua trajetória. Fica a reflexão: será que esse deslize verbal foi apenas um tropeço ou o prenúncio de um julgamento maior, agora sob os olhos do mundo e da Casa Branca?