Os Estados Unidos estão avaliando a solicitação da Ucrânia para adquirir mísseis Tomahawk de longo alcance, com o objetivo de fortalecer sua defesa contra os invasores russos, conforme declarou o vice-presidente J.D. Vance neste domingo 28/09.
O fornecimento dos mísseis de cruzeiro Tomahawk seria direcionado à OTAN, que posteriormente os repassaria à Ucrânia. A decisão final será tomada pelo presidente Trump. –
O que mudou é a realidade em terra, onde os russos estão matando muita gente, perdendo muita gente, não têm muito o que mostrar… Infelizmente, o que vimos nas últimas semanas é que os russos se recusaram a participar de quaisquer reuniões bilaterais com os ucranianos, recusaram-se a participar de quaisquer reuniões trilaterais onde o presidente ou outros membros do governo pudessem se reunir com os russos e os ucranianos… os russos precisam acordar e aceitar a realidade aqui. Muitas pessoas estão morrendo, eles não têm muito o que mostrar. Quantas mais pessoas eles estão dispostos a perder? Quantas mais pessoas eles estão dispostos a matar por muito pouco, ou nenhum ganho, na vantagem militar em terra aqui?
O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelenskiy, pediu aos Estados Unidos que comercializem os Tomahawks para nações europeias, que então os transfeririam para a Ucrânia. Em entrevista ao programa “Fox News Sunday”, Vance afirmou que o presidente Donald Trump terá a palavra final sobre a aprovação ou não do acordo.
“Certamente estamos analisando uma série de pedidos dos europeus”, disse Vance.
Os mísseis Tomahawk, com alcance de 2.500 km (1.550 milhas), representariam um importante reforço no arsenal ucraniano, auxiliando no combate aos frequentes ataques russos com mísseis e drones.

Vance também destacou que a ofensiva russa na Ucrânia tem enfrentado dificuldades, com poucos avanços territoriais recentes.
“Temos buscado ativamente a paz desde o início do governo, mas os russos precisam acordar e aceitar a realidade. Muitas pessoas estão morrendo. Eles não têm muito a mostrar”, disse ele.
Presidente ucraniano denuncia ataque russo de 12 horas com mais de 40 mísseis e 500 drones
O presidente Volodymyr Zelensky denunciou o ataque massivo da Rússia à Ucrânia, que durou mais de 12 horas. Segundo ele, foram utilizados quase 500 drones de ataque e mais de 40 mísseis, resultando em ataques brutais direcionados contra cidades comuns. O ministro Andrii Sybiha postou fotos dos ataques em sua rede social, evidenciando a magnitude da agressão.
A Rússia lançou 643 drones e mísseis em várias regiões da Ucrânia, enquanto derrubou 41 drones ucranianos. Países europeus acusaram Moscou de incursões aéreas, desencadeando tensões na região. Lavrov, chanceler russo, negou planos de ataque à Otan e à União Europeia, ameaçando com resposta decisiva a qualquer agressão.
Confira imagem de um dos maiores ataques russos com drones contra cidades ucranianas. Até o momento foram contados cerca de mais de 500, mas há informações de que outros estão em rota em direção ao território ucraniano.

A Polônia enviou caças para proteger seu espaço aéreo após o bombardeio, enquanto a Otan acusou Moscou de violações ao espaço aéreo da aliança militar. A Rússia alegou ter como alvo empresas do complexo militar-industrial ucraniano. Timur Tkachenko, chefe da administração militar de Kiev, confirmou quatro mortes, incluindo a de uma menina de 12 anos.
Os ataques deixaram ao menos 27 feridos na capital e arredores, com relatos de danos materiais significativos. Moradores como Anna, de Kiev, descreveram momentos de horror com a queda de foguetes e explosões. Autoridades informaram que, além da capital, 40 pessoas ficaram feridas em outras regiões do país.
Os esforços diplomáticos liderados pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, para encerrar o conflito seguem estagnados. Zelensky acusou o Kremlin de prolongar a guerra visando lucro com a venda de energia, pedindo aumento da pressão internacional contra Moscou. As Forças Armadas da Polônia mantiveram caças em alerta máximo após o ataque deste domingo.
Zelensky anunciou que a Ucrânia recebeu da Israel um sistema de defesa aérea Patriot dos EUA, com mais dois a caminho. A situação delicada coloca a região em alerta máximo, enquanto a comunidade internacional busca soluções para o conflito em curso.