Na eleição presidencial realizada neste domingo (16) no Chile, a candidata comunista Jeannette Jara, que conta com o apoio do presidente Gabriel Boric, e o conservador José Antonio Kast obtiveram o maior número de votos e irão para o segundo turno, marcado para 14 de dezembro.
Segundo os resultados quase definitivos divulgados pelo Serviço Eleitoral chileno, quando 99,99% das urnas já haviam sido apuradas, a ex-ministra do Trabalho e Previdência Social do governo Boric registrava 26,85% dos votos, enquanto o ex-deputado Kast aparecia com 23,92%. A diferença foi bem menor do que indicavam as pesquisas mais recentes, que projetavam Jara acima dos 30%.
A principal surpresa do pleito foi o terceiro lugar de Franco Parisi, candidato de direita que, assim como em 2021, alcançou 18,62% dos votos, com forte votação nas regiões mineradoras do norte. Em quarto e quinto lugares ficaram Johannes Kaiser (13,92%) e Evelyn Matthei (13,47%).
Confira o que o deputado federal, Eduardo Bolsonaro, previu sobre o tema:
Evelyn Matthei foi a primeira a reconhecer a derrota e anunciou que felicitará pessoalmente José Antonio Kast. Johannes Kaiser também saudou Kast e afirmou que seu novo partido “é uma força que veio para ficar na política nacional”.
Do Palácio de La Moneda, sede da presidência, Gabriel Boric parabenizou Jara e Kast e pediu aos dois candidatos “um debate à altura” no segundo turno, “pensando sempre no melhor para o Chile”.
– O Chile tem uma democracia saudável, uma democracia robusta que não podemos deixar de cuidar todos os dias – destacou.
Os mais de 15,6 milhões de eleitores chilenos também renovaram integralmente a Câmara dos Deputados (155 cadeiras) e escolheram 23 dos 25 senadores; a contagem desses votos terá início após a totalização final da disputa presidencial. As projeções indicam um forte crescimento da direita no Congresso.
O pleito ocorreu em meio a um clima de grande fadiga eleitoral, após sucessivos processos eleitorais desde os protestos de 2019, e com o governo Boric registrando aprovação próxima dos 30%. Desde 2006, o Chile alterna o poder entre esquerda e direita, sem que nenhum presidente tenha passado a faixa presidencial a um sucessor do mesmo campo ideológico.
Abaixo, Durante o CPAC, nosso correspondente internacional, Fernando Lisboa, do Vlog do Lisboa, grande líderança da direita brasileira, durante encontro com JAVIER MEILLEI presidente da Argentina e o candidato que saiu vencedor e vai ao segundo turno no Chile, José Antonio Kast
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