O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, declarou que pretende ter uma conversa em breve com o ditador venezuelano Nicolás Maduro, mas enfatizou que não pode adiantar o conteúdo do diálogo. O mandatário americano indicou, no entanto, que tem uma mensagem “muito específica” direcionada ao governante chavista.
“Falarei com ele em um futuro não muito distante. Não posso dizer o que vou dizer a ele, mas tenho algo muito específico a dizer”, afirmou ele em entrevista concedida à Fox News nesta sexta-feira (21).
Embora evite revelar detalhes, o republicano assegurou que os Estados Unidos “continuarão muito envolvidos” nos assuntos relacionados à Venezuela.
Nos últimos meses, as relações entre Washington e Caracas têm sido marcadas por forte tensão diplomática e militar. Trump ordenou uma ampla operação antinarcotráfico e autorizou o abate de embarcações supostamente ligadas ao crime organizado. O presidente americano acusa Maduro de comandar o chamado Cartel de Los Soles e não exclui a possibilidade de uma ação militar terrestre.
Do outro lado, Maduro desesperado tem adotado um discurso de “paz”, chegando inclusive a cantar a canção Imagine, de John Lennon e falou do desejo de conversar “cara a cara” com o líder norte-americano.
Esse tom conciliador contrasta com a postura adotada pelo próprio Maduro durante a campanha eleitoral venezuelana do ano passado. Na ocasião, o chavista alertou que uma vitória da oposição poderia levar o país a um “banho de sangue”, em um pleito amplamente denunciado como fraudulento dentro e fora da Venezuela.
“Em 28 de julho se decide se a Venezuela permanecerá em paz ou se vamos entrar em um cenário de desestabilização e uma guerra civil. Se a direita fascista enganar a população na Venezuela, pode haver um banho de sangue e uma guerra civil, porque esse povo não permitirá que lhe tirem seu país. Não vai deixar que entreguem a Guiana Essequiba, não vai deixar direitos sociais serem privatizados. Somos um forte e um poder popular em cada rua, em cada comunidade. Somos uma potência militar, uma potência policial, um poder popular em cada rua, em cada comunidade. E a união cívico-militar-policial, assim eu digo como líder, não vai deixar que lhe tirem sua pátria”, afirmou Maduro na época.


















