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Aniquilação total: Trump alerta Hamas se grupo recusar plano. Conversam continuam

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O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ameaçou o Hamas com uma “aniquilação total” caso recuse ceder o controle de Gaza, como estipula seu plano de paz para pôr fim à guerra que Israel e o grupo islamista palestino travam na Faixa, informa neste domingo (5) a CNN.

Nas redes sociais circulam memes de como é a conversa de ex-presidente americanos e como é a conversa de Trump com o Hamas, confirma o meme abaixo:

Questionado em uma entrevista via mensagem de texto sobre quais seriam as consequências se o Hamas insistisse em se manter no poder no enclave, Trump respondeu com um sucinto: “Aniquilação total!”.

O presidente Trump publicou na sua rede social um post dizendo que hoje decorreram discussões muito positivas com os terroristas do Hamas, mas as conversações ainda decorrerão amanhã, o que significa que Trump prolongou o prazo inicialmente dado e que terminava hoje, às 19h. Vamos ver como correrá amanhã. As negociações estão decorrendo no Egito.

Sobre o compromisso do Hamas, que aceitou libertar os reféns israelenses em Gaza como parte da primeira fase do plano de paz de Trump, o mandatário americano indicou que “só o tempo dirá”.

Na troca de mensagens, ocorrida neste sábado (4), antes de Trump anunciar que Israel concordou com uma linha inicial de retirada de suas posições na Faixa, o republicano afirmou que o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, está de acordo em suspender os bombardeios e apoia sua visão para o devastado enclave.

Trump indicou que “em breve” teria mais informações sobre as intenções do Hamas e acrescentou que espera que sua proposta de cessar-fogo em Gaza se torne realidade, a qual entraria em vigor após a concretização da entrega de todos os reféns israelenses em troca de prisioneiros palestinos.

O presidente americano já havia advertido o Hamas ontem de que “não tolerará demoras” que possam colocar em perigo o acordo de paz em Gaza.

Neste domingo, Trump insistiu que este “é um grande acordo para Israel, para todo o mundo árabe, o mundo muçulmano e o mundo inteiro”, em respostas à imprensa na Casa Branca antes de partir para uma celebração dos 250 anos da Marinha americana na vizinha Virgínia.

Sobre a libertação dos reféns, Trump afirmou que as delegações de Israel e Hamas, com a mediação de Egito, Catar e EUA, estão “negociando neste momento”.

“As negociações começaram nos últimos dias. Veremos como resulta. Mas entendo que está indo muito bem” acrescentou sobre o diálogo, que deve começar oficialmente nesta segunda (6), no Egito.

A proposta de 20 pontos de Trump contempla, em uma primeira fase, uma troca dos 48 reféns, vivos e mortos, por prisioneiros palestinos, após a qual haveria um cessar-fogo imediato na Faixa de Gaza, onde mais de 66 mil pessoas morreram em quase dois anos de guerra.

O plano inclui a formação de um governo de transição para Gaza, supervisionado pelo próprio Trump e pelo ex-primeiro-ministro britânico Tony Blair, além da possibilidade de negociar, no futuro, um Estado palestino, algo a que o governo israelense se opõe.

O Hamas exigiu negociar alguns pontos da proposta, ao que Netanyahu respondeu hoje que o grupo militante palestino “tem que aceitá-lo (o plano) em sua totalidade”.

EUA divulgam plano de Trump para acabar com guerra em Gaza, confira baixo:

O acordo sugere ainda que Gaza não será anexada por Israel e que o Hamas não terá participação no governo do território. Integrantes do grupo palestino que se renderem seriam anistiados. A proposta também inclui a retirada gradual das forças israelenses de Gaza e a desmilitarização do território.

Veja íntegra:

  1. Gaza será uma área desradicalizada e livre de terrorismo que não representa uma ameaça para os seus vizinhos.
  2. Gaza será reconstruída em benefício do povo de Gaza, que já sofreu mais do que o suficiente.
  3. Se ambos os lados concordarem com esta proposta, a guerra terminará imediatamente. As forças israelenses se retirarão para a linha acordada para se preparar para a libertação dos reféns. Durante este período, todas as operações militares, incluindo os bombardeios aéreos e de artilharia, serão suspensas e as linhas de batalha permanecerão congeladas até que sejam reunidas as condições para a retirada completa.
  4. Dentro de 72 horas após Israel aceitar publicamente este acordo, todos os reféns, vivos e mortos, serão devolvidos.
  5. Assim que todos os reféns forem libertados, Israel libertará 250 prisioneiros condenados à prisão perpétua, além de 1.700 habitantes de Gaza que foram detidos após 7 de outubro de 2023, incluindo todas as mulheres e crianças detidas nesse contexto. Por cada refém israelense cujos restos mortais forem libertados, Israel libertará os restos mortais de 15 habitantes de Gaza mortos.
  6. Assim que todos os reféns forem devolvidos, os membros do Hamas que se comprometam com a coexistência pacífica e com a desativação das suas armas serão anistiados. Os membros do Hamas que desejarem deixar Gaza terão passagem segura para os países receptores.
  7. Após o fechamento deste acordo, a ajuda total será imediatamente enviada para a Faixa de Gaza. No mínimo, as quantidades de ajuda serão consistentes com o que foi incluído no acordo de 19 de janeiro de 2025, relativo à ajuda humanitária, incluindo reabilitação de infraestruturas (água, eletricidade, esgotos), reabilitação de hospitais e padarias, e entrada de equipamento necessário para remoção de escombros e abertura de estradas.
  8. A entrada de distribuição e ajuda na Faixa de Gaza prosseguirá sem interferência das duas partes através das Nações Unidas e das suas agências, e do Crescente Vermelho, além de outras instituições internacionais não associadas de qualquer forma a nenhuma das partes. A abertura da passagem de Rafah em ambos os sentidos estará sujeita ao mesmo mecanismo implementado no acordo de 19 de janeiro de 2025.
  9. Gaza terá um governo transitório temporário de um comitê palestino tecnocrata e apolítico, responsável pela gestão quotidiana dos serviços públicos e dos municípios para a população de Gaza. Este comitê será composto por palestinos qualificados e peritos internacionais, com supervisão por parte de um novo órgão internacional de transição, o “Conselho da Paz”, que será chefiado e presidido pelo presidente Donald J. Trump, com outros membros e chefes de Estado a serem anunciados, incluindo o antigo primeiro-ministro Tony Blair. Este órgão administrará o financiamento para a reconstrução de Gaza até que a Autoridade Palestina conclua o seu programa de reformas, conforme descrito em várias propostas, incluindo o plano de paz do presidente Trump em 2020 e a proposta franco-saudita, e possa retomar de forma segura e eficaz o controle de Gaza. Este órgão apelará aos melhores padrões internacionais para criar uma governança moderna e eficiente que sirva o povo de Gaza e seja propícia à atração de investimentos.
  10. Um plano de desenvolvimento econômico de Trump para reconstruir e energizar Gaza será criado através da convocação de um painel de especialistas que ajudaram a criar algumas das prósperas cidades modernas e milagrosas do Oriente Médio. Muitas propostas de investimento ponderadas e ideias de desenvolvimento entusiasmantes foram elaboradas por grupos internacionais bem-intencionados e serão consideradas para sintetizar os quadros de segurança e governação para atrair e facilitar estes investimentos que criarão empregos, oportunidades e esperança para a futura Gaza.
  11. Será estabelecida uma zona econômica especial com tarifas preferenciais e taxas de acesso a serem negociadas com os países participantes.
  12. Ninguém será forçado a sair de Gaza e aqueles que desejarem sair serão livres para sair e para voltar. Encorajaremos as pessoas a ficar e ofereceremos a oportunidade de construir uma Gaza melhor.
  13. O Hamas e outras facções concordam em não ter qualquer papel no governo de Gaza, direta, indiretamente ou de qualquer forma. Todas as infraestruturas militares, terroristas e ofensivas, incluindo túneis e instalações de produção de armas, serão destruídas e não reconstruídas. Haverá um processo de desmilitarização de Gaza sob a supervisão de monitores independentes, que incluirá a colocação permanente de armas fora de uso através de um processo acordado de desmantelamento, e apoiado por um programa de recompra e reintegração financiado internacionalmente, tudo verificado pelos monitores independentes. A Nova Gaza estará totalmente empenhada na construção de uma economia próspera e na coexistência pacífica com os seus vizinhos.
  14. Uma garantia será fornecida pelos parceiros regionais para garantir que o Hamas e as facções cumpram as suas obrigações e que a Nova Gaza não represente nenhuma ameaça aos seus vizinhos ou ao seu povo.
  15. Os Estados Unidos trabalharão com parceiros árabes e internacionais para desenvolver uma Força de Estabilização Internacional (ISF) temporária, a ser imediatamente destacada em Gaza. A ISF treinará e fornecerá apoio às forças policiais palestinas controladas em Gaza e consultará a Jordânia e o Egito, que têm vasta experiência neste campo. Esta força será a solução de segurança interna a longo prazo. A ISF trabalhará com Israel e o Egito para ajudar a proteger as áreas fronteiriças, juntamente com forças policiais palestinas recentemente treinadas. É fundamental impedir a entrada de munições em Gaza e facilitar o fluxo rápido e seguro de mercadorias para reconstruir e revitalizar Gaza. Um mecanismo de resolução de conflitos será acordado entre as partes.
  16. Israel não ocupará nem anexará Gaza. À medida que a ISF estabelece o controle e a estabilidade, as Forças de Defesa de Israel (IDF) vão se retirar com base em padrões, marcos e prazos ligados à desmilitarização que serão acordados entre as IDF, a ISF, os fiadores e os Estados Unidos, com o objetivo de uma Gaza segura que já não represente uma ameaça para Israel, o Egito ou os seus cidadãos. Na prática, as FDI entregarão progressivamente o território de Gaza às ISF, de acordo com um acordo que farão com a autoridade de transição, até serem completamente retiradas de Gaza, salvo uma presença no perímetro de segurança que permanecerá até que Gaza esteja devidamente protegida de qualquer ameaça terrorista ressurgente.
  17. No caso do Hamas atrasar ou rejeitar esta proposta, o acima exposto, incluindo a operação de ajuda ampliada, prosseguirá nas áreas livres de terrorismo entregues pelas FDI às FSI.
  18. Será estabelecido um processo de diálogo inter-religioso com base nos valores da tolerância e da coexistência pacífica para tentar mudar as mentalidades e as narrativas dos palestinos e israelenses, enfatizando os benefícios que podem ser derivados da paz.
  19. Enquanto o redesenvolvimento de Gaza avança e quando o programa de reforma da AP for fielmente executado, podem finalmente estar reunidas as condições para um caminho crível para a autodeterminação e a criação de um Estado palestino, que reconhecemos como a aspiração do povo palestino.
  20. Os Estados Unidos estabelecerão um diálogo entre Israel e os palestinos para chegar a acordo sobre um horizonte político para uma coexistência pacífica e próspera.
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