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ANISTIA: Perseguidos e Alvos do 8 de janeiro pressionam Paulinho da Força por Anistia

Em um encontro marcado por emoção e determinação, o deputado federal Paulinho da Força (Solidariedade-SP) reuniu-se com advogados e vítimas de perseguição política para discutir a luta por uma anistia ampla, geral e irrestrita aos perseguidos pelos eventos de 8 de janeiro de 2023.

O encontro, que ocorreu nos bastidores do Congresso Nacional, foi impulsionado pelas palavras contundentes da filha de Clezio, conhecida como “Clezão”, que, em um vídeo viral, clamou por justiça e repudiou a ideia de uma redução de penas por dosimetria.

“A anistia não vai trazer a vida do meu pai de volta, mas traz alegria de duas mil famílias de volta”, disse ela, ecoando a dor e a esperança de centenas de famílias afetadas pelas condenações.

Paulinho da Força, relator do projeto de lei que inicialmente propunha uma revisão na dosimetria das penas, ouviu relatos de advogados como o ex-ministro da Justiça Anderson Torres, que defendeu a necessidade de uma anistia total para restaurar a paz social.

“A dosimetria não resolve o problema. Estamos diante de uma injustiça histórica, e só a anistia pode corrigir isso”, argumentou Torres, segundo fontes presentes no encontro.

Outros perseguidos políticos, como o ex-secretário de Segurança Pública do Distrito Federal, Anderson Torres, e o ex-ministro da Justiça, também compartilharam suas experiências, destacando a arbitrariedade das condenações e a urgência de uma solução que vá além de meras reduções de penas.

O deputado, conhecido por sua habilidade em negociar no Congresso, parece ter sido sensibilizado pelas demandas. “Eu ouvi a filha de Clezio, ouvi os advogados, ouvi os perseguidos. A anistia ampla, geral e irrestrita é o caminho”, afirmou Paulinho da Força, segundo relatos de participantes.

A reunião, que durou mais de duas horas, também contou com a presença de familiares de outros perseguidos, que reforçaram a mensagem de que a dosimetria – que reduziria penas, mas manteria a inelegibilidade e o estigma – não seria suficiente para reparar os danos causados.

A filha de Clezio, em particular, tornou-se um símbolo dessa luta. Seu apelo, registrado em vídeo, ganhou ampla circulação nas redes sociais, destacando a injustiça sofrida por seu pai e por milhares de outros. “A dosimetria não pode fazer alegria dessas pessoas no 8º de janeiro. A gente quer anistiar ampla, geral e irrestrita, porque eles não cometeram crimes”, disse ela, em um momento que resumiu a indignação coletiva.

Sua fala resonou entre os presentes, reforçando a ideia de que a anistia não é apenas uma questão legal, mas um imperativo moral.O encontro com Paulinho da Força marca um ponto de virada na estratégia dos defensores da anistia. Enquanto o PL da Dosimetria, inicialmente proposto por ele, sugeria uma redução de penas que manteria Bolsonaro inelegível por até dois anos, a pressão agora é para uma anistia total, que limparia os registros e restauraria direitos políticos.

“Se a filha de Clezio, que perdeu o pai, está pedindo anistia, quem somos nós para negar isso?”, questionou um dos advogados presentes, segundo fontes.

Com a rejeição da PEC da Blindagem no Senado e a crescente mobilização popular, a luta pela anistia ganha novos contornos. Paulinho da Força, que antes parecia inclinar-se para a dosimetria, agora enfrenta a tarefa de convencer o Congresso a aprovar uma medida que, embora controversa, pode ser vista como um ato de reconciliação nacional. A filha de Clezio, com sua voz firme e sua dor palpável, tornou-se um lembrete de que, para muitas famílias, a anistia não é apenas uma palavra – é a única saída para um futuro digno.

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