María Corina Machado, laureada com o Prêmio Nobel da Paz de 2025, foi indicada ao prêmio por Marco Rubio, atual secretário de Estado no governo de Donald Trump.
A indicação foi oficializada em agosto de 2024, quando Rubio ainda atuava como senador pela Flórida, por meio de uma carta enviada ao Comitê Norueguês do Nobel, assinada também por outros parlamentares republicanos, como o senador Rick Scott e os deputados Mario Díaz-Balart, María Elvira Salazar, Michael Waltz, Neal Dunn, Byron Donalds e Carlos Gimenez.
Na carta, Rubio e os demais parlamentares afirmam que Machado “representa a esperança e a resiliência de um povo que há 25 anos sofre com a opressão do regime de Nicolás Maduro”.
No documento, disponível no site do senador Rick Scott, os congressistas descrevem a líder venezuelana como uma “figura de coragem e moralidade” e solicitam ao comitê que reconheça “seu compromisso incansável com a restauração da democracia e dos direitos humanos na Venezuela”.
Conforme disposto no testamento de Alfred Nobel (1833-1896), o Prêmio Nobel da Paz deve ser concedido à pessoa ou organização que tenha promovido de maneira significativa a união entre os povos, a redução ou eliminação de forças armadas permanentes e a realização de encontros pela paz.Por determinação expressa em seu testamento, o Nobel da Paz é o único prêmio Nobel entregue na Noruega, diferentemente dos demais, concedidos na Suécia, sua terra natal.
Atualmente, o comitê responsável pela escolha do Nobel da Paz é formado por cinco membros, que deliberam em uma sala isolada em Oslo para garantir a independência do processo decisório.
Casa Branca critica Nobel da Paz e declarou que o comitê do Nobel provou que “eles colocam a política acima da paz“
A Casa Branca afirmou, nesta sexta-feira (10), que o comitê do Nobel “provou que eles colocam a política acima da paz” ao conceder o prêmio da paz à líder da oposição venezuelana María Corina, em detrimento do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. A fala foi proferida por intermédio do porta-voz Steven Cheung, em postagem no X.
“O presidente Trump continuará fazendo acordos de paz, acabando com guerras e salvando vidas. Ele tem o coração de um humanitário, e nunca haverá ninguém como ele, que pode mover montanhas com a força de sua vontade. O comitê do Nobel provou que eles colocam a política acima da paz” declarou Cheung.
É de conhecimento público que Donald Trump gostaria de ganhar o prêmio em razão de sua atuação na resolução de conflitos mundiais, incluindo no recente acordo de paz firmado entre Israel e Hamas, que fez cessar a guerra de dois anos na Faixa de Gaza e permitirá a libertação dos reféns israelenses na próxima segunda-feira (13).
O Nobel, contudo, optou por premiar María Corina “por seu trabalho incansável na promoção dos direitos democráticos para o povo da Venezuela e por sua luta para alcançar uma transição justa e pacífica da ditadura para a democracia”.
Ela foi elogiada por ser uma “figura-chave e unificadora em uma oposição política que antes era profundamente dividida – uma oposição que encontrou um ponto comum na demanda por eleições livres e governo representativo”.
