Faltando três dias para início do julgamento do chamado núcleo central do suposto plano para manter Jair Bolsonaro no poder, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, solicitou à Procuradoria-Geral da República (PGR) que se manifeste sobre o pedido de liberdade apresentado pela defesa do general Walter Souza Braga Netto.
Em um despacho emitido na quinta-feira, 28 de agosto, Moraes deu um prazo de cinco dias para que a PGR decida se é “contra ou a favor da soltura do general”.
A defesa de Braga Netto argumenta no pedido que “não há absolutamente nenhuma razão idônea que embase um tratamento diverso ao general Braga Netto, evidenciando que a manutenção de uma medida cautelar mais severa a ele – a mais severa de todas – é inadmissível”.
Walter Braga Netto, que já foi ministro da Defesa e concorreu como vice na chapa de Jair Bolsonaro, foi preso em dezembro por ordem de Moraes. Ele é acusado de supostamente tentar influenciar a colaboração premiada do tenente-coronel Mauro Cid e de ser um dos supostos articuladores do suposto plano de golpe.
Esta é a terceira vez que o advogados tentam libertar Braga Netto. Os outros dois pedidos foram negadas pela PGR e por Moraes.
