A Justiça Italiana decidiu pela Soltura do Ex-Auxiliar de Moraes, Mas Confiscou seu Passaporte. Autoridades brasileiras solicitaram a detenção de Eduardo Tagliaferro, porém juiz na Itália impôs restrições preventivas. Tagliaferro fica proibido de se deslocar para fora da localidade onde mora sem notificar as forças de segurança.
Confira o que disse Tagliaferro após ser liberado pela justiça Italiana:
“(…) Agradeço a todos pela preocupação, recebi diversos telefonemas, minha esposa também, foi só um procedimento de informação, não fui preso, estou em casa, de boa, e vamos continuar lutando, lutando contra esse criminoso chamado Alexandre de Moraes” declarou.
Tagliaferro agora aguarda o desfecho do requerimento de extradição apresentado pelo ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Alexandre de Moraes.
O ex-colaborador reside em Torano Castello, na Calábria, região sul da Itália. Fica vedado a ele viajar para fora do território nacional ou abandonar a comuna de residência sem comunicação prévia à polícia.
Essas restrições foram impostas atendendo a uma solicitação do governo do Brasil com o intuito de “evitar que o mesmo [Tagliaferro] possa subtrair-se a eventual entrega às autoridades brasileiras, após a conclusão do processo de extradição”.
A prisão dele seria essencial, de acordo com o que o governo brasileiro comunicou à Itália, para que o ex-colaborador atenda à ordem de detenção cautelar expedida por Moraes.Entretanto, a Justiça italiana negou o pedido de detenção e autorizou apenas o acatamento de providências preventivas, garantindo que ele permaneça em liberdade até o encerramento do trâmite brasileiro para eventual retorno ao país.
A decisão da Justiça italiana destaca que adota “as medidas cautelares de obrigação de permanência e proibição de saída do país, prescrevendo-lhe: não se afastar sem autorização do juiz do território do município de Torano Castello”.
Os detalhes foram validados por seu defensor no Brasil, Eduardo Kuntz.
“Vamos finalmente ter ciência do procedimento completo e adotar medidas, tanto na Itália quanto no Brasil”, afirma.
No mês anterior, o ministro Alexandre de Moraes requereu a extradição de Tagliaferro, indiciado por supostos quatro delitos pela PGR (Procuradoria Geral da República).
O ex-colaborador começou a ser investigado depois do vazamento de informações que a equipe de Moraes no STF instruiu, via trocas de mensagens e de maneira informal, a elaboração de informes pelo TSE para fundamentar resoluções do próprio ministro contra apoiadores de Bolsonaro no inquérito das supostas fake news em 2022.
Em setembro deste ano, Tagliaferro declarou, durante depoimento no Senado, que Moraes manipulou documentos para respaldar uma ação contra empresários conservadores apenas por conversar entre eles, em agosto de 2022.
Em sua última entrevista antes de ser detido, Tagliaferro revelou um PLANO DE PODER para ser aplicados nas eleições de 2026
