A presidente do Superior Tribunal Militar, Maria Elizabeth Rocha, pediu perdão a guerrilheiros que foram presos durante o regime militar.
Essa é a primeira vez que um chefe da Justiça Militar – cargo ligado à cúpula das Forças Armadas – pede perdão.
“Senhoras e senhores, estou presente neste ato ecumênico de 2025 para, na qualidade de presidente da Justiça Militar da União, pedir perdão a todos que tombaram e sofreram lutando pela liberdade. Pedir perdão pelos erros e as omissões judiciais cometidas durante a ditadura. Eu peço perdão a Vladimir Herzog e sua família, a Paulo Ribeiro Bastos e a minha família, a Rubens Paiva e a Miriam Leitão e seus filhos, a José Dirceu, a Aldo Arantes, a José Genoino, a Paulo Vanucchi, a João Vicente Goulart e a tantos outros homens e mulheres que sofreram as torturas, as mortes, os desaparecimentos forçados e o exílio. Eu peço, enfim, perdão à sociedade brasileira e à história do país pelos equívocos judiciários cometidos pela Justiça Militar Federal em detrimento da da democracia e favoráveis ao regime autoritário. Recebam meu perdão, a minha dor e a minha resistência”.
Obrigado, Maria Elizabeth Rocha.
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Indicado em 2020 por Bolsonaro para o STM, o tenente-brigadeiro Carlos Augusto Amaral Oliveira criticou e orientou que Presidente do STM, Elizabeth Rocha, estudasse “um pouco mais de história do tribunal para opinar sobre a situação no período a que ela se referiu”, o regime militar.
O brigadeiro também recomendou que a ministra “refletisse sobre as pessoas a quem pediu perdão”.
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