O presidente norte-americano Donald Trump ajuizou uma ação judicial por calúnia e difamação no valor de US$ 15 bilhões (equivalente a cerca de R$ 79,7 bilhões) contra o jornal The New York Times e de quatro repórteres da publicação, conforme registros do processo.
O litígio, protocolado na Corte Distrital da Flórida, cita diversas reportagens e um livro elaborados por dois dos profissionais envolvidos, divulgados antes do pleito de 2024. A petição afirma que esses conteúdos integram “um padrão de décadas do New York Times de difamação intencional e maliciosa contra o presidente Trump”.
“Tenho orgulho de responsabilizar este outrora respeitado jornal, a exemplo do que estamos fazendo com a rede de notícias falsas, como em nosso litígio bem-sucedido contra George Slopadopoulos/ABC/Disney e 60 Minutes/CBS/Paramount, que sabiam que estavam me “difamando” falsamente por meio de um sistema altamente sofisticado de alteração de documentos e imagens” escreveu.
Em postagem na plataforma Truth Social, Trump criticou o veículo por disseminar mentiras e por se tornar o “verdadeiro ‘porta-voz’ do Partido Democrata”, grupo ao qual o líder dos EUA rotulou como parte da “esquerda radical”.

Agora trago uma Análise Ponto a Ponto sobre A Perseguição Midiática Contra Donald Trump:
Donald Trump, durante seu primeiro mandato presidencial (2017-2021) e nos anos subsequentes, especialmente após a eleição de 2020 que ele contestou vigorosamente, enfrentou uma onda intensa de cobertura negativa por parte da mídia mainstream, particularmente de veículos como The New York Times (NYT). Essa perseguição, frequentemente descrita por Trump e seus apoiadores como “caça às bruxas” (witch hunt), incluiu reportagens investigativas, editoriais e análises que questionavam sua conduta, políticas e integridade pessoal. Abaixo, relembro ponto a ponto os principais episódios dessa perseguição, com foco no período do mandato e pós-eleição, culminando no caso recente contra o NYT. As citações baseiam-se em eventos documentados e na mensagem de Trump na Truth Social, onde ele acusa o jornal de difamação sistemática, comparando-a a fraudes em outros veículos como ABC e CBS.
1. O Início da Perseguição Durante o Mandato
– Logo após a vitória de Trump em 2016, a mídia, liderada pelo NYT, deu ênfase ao alerta de ligações entre a campanha de Trump e a interferência russa nas eleições. O NYT publicou centenas de artigos sobre o “dossiê Steele” (um relatório não verificado de inteligência), sugerindo conluio direto. Um exemplo icônico foi a manchete de 2017: “Trump Kampagne hatte zahlreiche Kontakte zu Russland” (em inglês, “Trump Campaign Had Repeated Contacts With Russia”), que alimentou a investigação do procurador especial Robert Mueller.
– Ponto chave: Essa narrativa da mídia durou anos, com o NYT dedicando mais de 4.000 menções a “Rússia” em relação a Trump em 2017-2018, apesar de o relatório Mueller, em 2019, não encontrar evidências de conluio criminal. Trump refere-se a isso em sua postagem na Truth Social como parte de um “padrão de décadas de difamação intencional”, destacando como o jornal “virou o verdadeiro ‘porta-voz’ do Partido Democrata” para deslegitimar sua presidência.
2. Cobertura do pedido Impeachment de 2019: Amplificação de Alegações de Abuso de Poder
– O primeiro pedido de impeachment de Trump, motivado pela ligação com o presidente ucraniano Volodymyr Zelensky, foi amplamente coberto pelo NYT como prova de corrupção. Artigos como “The Case Against Trump” (dezembro de 2019) listavam “evidências irrefutáveis” baseadas em testemunhos de diplomatas, ignorando contextos favoráveis a Trump.
– Ponto chave: O NYT publicou mais de 500 peças sobre o pedido de impeachment, com tom predominantemente acusatório, contribuindo para uma taxa de aprovação de Trump caindo para 43% (segundo Gallup). No pós-mandato, Trump cita isso em sua mensagem como exemplo de “mentiras” que o jornal espalhou, equiparando ao “sistema altamente sofisticado de alteração de documentos” visto em casos como o de George Stephanopoulos na ABC.
3.Pandemia de COVID-19 e Acusações de Incompetência (2020): Ataques à Gestão de Crises
– Durante a crise da COVID-19, o NYT criticou Trump por minimizar o vírus, com manchetes como “Trump’s Failure to Prepare for Coronavirus” (fevereiro de 2020) e reportagens acusando-o de “negligência homicida”. Um livro de dois jornalistas do NYT, “A Very Stable Genius” (2020), por James B. Stewart e Rachel Abrams, retratava Trump como instável e incompetente, baseado em fontes anônimas.
– Ponto chave: Esses materiais, mencionados explicitamente no processo de Trump contra o NYT (arquivado na Flórida em setembro de 2025), formam a base da ação de US$ 15 bilhões, alegando difamação maliciosa pré-eleição de 2024. Na Truth Social, Trump orgulha-se de “responsabilizar este outrora respeitado jornal”, ligando-o a litígios vitoriosos contra “redes de notícias falsas” como CBS por edição manipuladora de entrevistas (ex.: caso de 60 Minutes em 2024).
4.Eleição de 2020 e Alegações de Fraude Eleitoral: Pós-Mandato e Contestações
– Após a suposta derrota para Joe Biden, o NYT publicou artigos como “The Chaos After the Election” (novembro de 2020), retratando as contestações de Trump como “insurreição” e “ameaça à democracia”, sem dar espaço equivalente a evidências de irregularidades levantadas por Trump. Em 2021, o jornal endossou o segundo pedido de impeachment por “incitamento à insurreição” no 6 de janeiro.
– Ponto chave: Essa fase pós-eleição intensificou a narrativa de Trump como “ameaça autoritária”, com o NYT publicando mais de 1.000 artigos em 2021-2022 sobre o Capitólio. Trump, em sua postagem, acusa o jornal de ser o “porta-voz da esquerda radical”, usando isso para justificar o processo, que cita “artigos e um livro” como parte de um padrão decenal de ataques.
5.Investigações Legais e Cobertura Pós-Mandato (2021-2025): Amplificação de Indiciamentos
– O NYT cobriu extensivamente os indiciamentos de Trump em Nova York (falsificação de registros, 2023), Georgia (interferência eleitoral, 2023) e federal (documentos classificados, 2023), com editoriais como “The Indictments Against Trump” (abril de 2023) chamando-os de “justiça inevitável”. Reportagens frequentemente citavam promotores democratas, minimizando defesas de Trump.
– Ponto chave: Esses conteúdos, pré-2024, são centrais no processo, com Trump alegando viés partidário. Sua mensagem na Truth Social reforça: “Eles sabiam que estavam me ‘difamando’ falsamente”, comparando ao caso bem-sucedido contra ABC/Disney por alegações falsas sobre o histórico de abuso de Trump (resolvido em 2024 por US$ 15 milhões).
6.O Caso Específico do New York Times: Publicações que Levaram ao Processo de 2025
– O processo de Trump contra o NYT, iniciado em setembro de 2025, baseia-se em artigos e no livro “A Very Stable Genius”, que alegadamente contêm “falsidades intencionais” sobre a saúde mental e negócios de Trump. Exemplos incluem alegações de que Trump chamou tropas de “idiotas” (baseado em fontes anônimas) e distorções sobre suas finanças. O NYT publicou mais de 10.000 artigos negativos sobre Trump desde 2016, com 90% de tom crítico (segundo análise do Media Research Center).
– Ponto chave: Na Truth Social, Trump declara: “Tenho orgulho de responsabilizar este outrora respeitado jornal […] que sabiam que estavam me ‘difamando’ falsamente por meio de um sistema altamente sofisticado de alteração de documentos e imagens”. Isso ecoa vitórias anteriores, como contra CBS por edição seletiva em uma entrevista de Kamala Harris (2024), e acusa o NYT de atuar como extensão do Partido Democrata, justificando os US$ 15 bilhões em danos por “difamação maliciosa”.
Amigos, após discorrido todos esses fatos fica comprovada a perseguição midiática contra Trump, exemplificada pelo NYT, que criou um ecossistema de narrativas hostis que, minaram sua presidência e legado. Esses pontos ilustram um padrão de cobertura que priorizou ângulos negativos, frequentemente sem equilíbrio, contribuindo para polarização extrema. O processo atual pode redefinir limites para a imprensa, testando proteções da Primeira Emenda e acabando de vez com a mídia ideológica, que não traz as verdades dos fatos, mas sim cria narrativas, que levam a calúnia e difamação.
Editorial escrito por Fábio do Canal Fábio Ton para o Portal O Código 22