Por Moisés do Canal Pátrtia e Defesa
A Europa Oriental está em estado de alerta máximo. Enquanto a Rússia, sob o comando de Vladimir Putin, mantém sua postura expansionista, países como a Polônia e os Estados Bálticos estão se preparando para um cenário de confronto direto.
A França se prepara para uma ação em massa já em Março de 2026.
Na Suécia o tom é de prontidão civil, seus cidadadãos estão sendo intruídos armazenamento de alimentos, aguá e outros, Finlância e Noruega seguem o mesmo padrão e a União Europeia aderiu a ação.
A incursão de 19 drones Russos na Polênia tem levado a todas estas ações.
Todas essas ações, investimentos em exercicos militares, aumento em investimento de defesa não são paranóia e a Europa se levanta.

A Europa está à beira de um precipício geopolítico, com nações inteiras cavando trincheiras, construindo valas antitanque e reforçando suas defesas em resposta às crescentes ameaças russas. O Kremlin, com sua retórica beligerante e ações provocadoras, está testando os limites da paciência da OTAN e de países como Polônia, Finlândia, Estados Bálticos, Suécia e França. A recente escalada, marcada por violações do espaço aéreo por drones russos e declarações bombásticas de Moscou, sinaliza que o Velho Continente se prepara para o pior cenário: um confronto direto com a Rússia. É hora de vislumbrar essas ameaças e entender as medidas defensivas que estão sendo tomadas.Tudo ganhou nova gravidade em 15 de setembro, quando o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, declarou que a OTAN está “de fato em guerra com a Rússia”, afirmando que isso é “óbvio e não requer provas adicionais”.

Essa retórica inflamada veio na esteira de uma série de provocações russas, incluindo a incursão de cerca de 20 drones russos no espaço aéreo polonês em 10 de setembro, um incidente descrito pelo primeiro-ministro polonês Donald Tusk como uma “provocação em grande escala”. Alguns desses drones foram abatidos por jatos da OTAN, marcando a primeira vez que a aliança enfrentou alvos russos em seu próprio espaço aéreo. A Polônia, em resposta, invocou o Artigo 4 da OTAN, que permite consultas quando um membro percebe sua segurança ameaçada, sinalizando a seriedade do incidente.
A escalada não se limitou à Polônia. Em 14 de setembro, a Romênia, outro membro da OTAN, relatou a violação de seu espaço aéreo por um drone russo Geran-2, que sobrevoou seu território por cerca de 50 minutos antes de desaparecer do radar. Esses incidentes, que líderes europeus como o presidente polonês Karol Nawrocki e o ministro da Defesa alemão Boris Pistorius classificaram como provocações deliberadas, são vistos como testes à prontidão da OTAN. O presidente ucraniano Volodymyr Zelenskyy foi ainda mais enfático, alertando que a Rússia está “explorando maneiras de levar a guerra à Polônia e aos Estados Bálticos”.
Em resposta, a OTAN lançou a operação “Eastern Sentry”, reforçando sua presença no flanco leste com jatos Rafale franceses, F-16 dinamarqueses e sistemas de defesa baseados em terra de países como Alemanha e Reino Unido. Polônia, Finlândia, Suécia e os Estados Bálticos estão intensificando suas defesas, com a construção de fortificações como trincheiras, valas antitanque e campos minados, especialmente ao longo das fronteiras com a Rússia e Belarus. A Polônia, por exemplo, anunciou planos para dobrar o tamanho de suas forças armadas e modernizar seu arsenal, incluindo a aquisição de caças F-35. A Finlândia e a Suécia, recém-integradas à OTAN, também estão fortalecendo suas defesas, enquanto os Estados Bálticos intensificam exercícios militares conjuntos.
Mark Rutte anunciou o lançamento da “ Sentinela Oriental ” para reforçar ainda mais a posição da Aliança ao longo de seu flanco oriental . Esta atividade militar envolverá uma série de meios dos Aliados. “Sentinela Oriental” deixará claro que a OTAN está sempre pronta para defender
A construção de trincheiras, valas antitanque e campos minados ao longo de suas fronteiras não é apenas uma medida defensiva, mas um sinal claro: qualquer tentativa de invasão será enfrentada com resistência feroz. Este é um momento crítico, e o Brasil, mesmo distante, deve observar com atenção as implicações globais dessa escalada.
As fortificações que estão sendo erguidas no Leste Europeu não são meros exercícios militares. Elas refletem uma resposta direta à crescente ameaça de uma Rússia que, nos últimos anos, demonstrou disposição para usar a força em busca de seus objetivos geopolíticos. A mensagem é inequívoca: nações soberanas estão prontas para defender cada centímetro de seu território. Essas medidas, que incluem barreiras físicas e estratégias de dissuasão, mostram o quanto a região está determinada a evitar uma repetição de conflitos passados, como a anexação da Crimeia ou a guerra no Donbas.
Para o Brasil, essa situação serve como um alerta. Embora estejamos geograficamente distantes, vivemos em um mundo interconectado onde tensões globais podem impactar nossa segurança, economia e soberania. A ameaça de potências autoritárias que desrespeitam fronteiras e tratados internacionais nos lembra da importância de fortalecer nossa própria defesa. Não podemos ignorar que o Brasil, com sua vasta extensão territorial e recursos naturais, também pode ser alvo de cobiça externa. A preparação dos países do Leste Europeu é um exemplo de que a soberania não se mantém apenas com palavras, mas com ações concretas.
É crucial que o governo brasileiro e a sociedade civil acompanhem esses acontecimentos com vigilância. Investir em defesa, modernizar nossas Forças Armadas e proteger nossas fronteiras são passos essenciais para garantir que o Brasil permaneça soberano em um mundo cada vez mais instável. O exemplo da Europa Oriental nos mostra que a paz exige preparo, e a liberdade exige sacrifício. Que este alerta nos inspire a reforçar nossa própria determinação em proteger a pátria.
Editorial escrito por Moises, do Canal Pátria e Defesa, exclusivo para o Portal O Código 22