Por Moisés do Canal Pátria e Defesa
Em uma postagem recente nas redes sociais, o ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, fez uma crítica satírica ao regime do venezuelano Nicolás Maduro, zombando de um vídeo que mostra mulheres civis em treinamento de milícia.
Assista o vídeo da milícia de Maduro em suposto treinamento:
A postagem, compartilhada no Truth Social, foi intitulada “TOP SECRET: Pegamos a Milícia Venezuelana em treinamento. Uma ameaça muito séria!”

A ironia e o humor contidos na mensagem de Trump não passaram despercebidos, já que o vídeo retratava o que muitos perceberam como uma tentativa amadora e ridícula de preparação militar.
O vídeo original, circulando pelo regime de Maduro, tinha como objetivo demonstrar a mobilização de apoio civil em resposta às tensões crescentes com os Estados Unidos. No entanto, a resposta de Trump transformou essa narrativa em um ponto de ridículo, sugerindo que a chamada milícia não representava uma ameaça real. Essa troca destaca a fricção contínua entre os EUA e a Venezuela, uma relação marcada por acusações mútuas, sanções econômicas e manobras geopolíticas.
A postagem de Trump, que ganhou tração em várias plataformas de mídia social vem sendo descrita como Trump “tirando onda” da situação. Os comentários são um momento cômico percebido na crítica de Trump, notando que ele mirava em um vídeo de mulheres civis “treinando táticas de combate urbano”. Esse enquadramento sugere que a abordagem de Trump não era apenas um ataque pessoal, mas também um uso estratégico do humor para minar a credibilidade de Maduro no cenário internacional.
O contexto da postagem de Trump é crucial. Os EUA há muito criticam a ditadura de Maduro, acusando-a de abusos de direitos humanos, fraude eleitoral e vínculos com o narcotráfico. O primeiro mandato de Trump foi marcado por uma política de “máxima pressão” contra a Venezuela, incluindo o reconhecimento do líder da oposição, Juan Guaidó, como presidente interino legítimo. Embora a posição atual de Trump tenha mostrado algumas mudanças, como evidenciado por recentes aberturas diplomáticas e da decisão de deportar detentos venezuelanos para Guantánamo, sua última postagem mostra que Maduro já caiu, só não sabe.
A ridicularização da milícia de Maduro pode ser interpretada de várias maneiras. Em um nível, serve como uma continuação provocativa e sem filtros de Trump, usando as mídias sociais para contornar os canais diplomáticos tradicionais. Em outro, pode ser visto como uma tentativa de reunir apoio doméstico ao retratar o regime de Maduro como fraco e risível, justificando assim ações passadas e potenciais futuras dos EUA contra a Venezuela. A postagem também se alinha com a estratégia mais ampla de Trump de alavancar a percepção pública para influenciar a política internacional, uma tática que tem tanto apoiadores quanto detratores.
A postagem de Trump ridicularizando a milícia de Maduro é mais do que apenas um momento de leveza; é um movimento calculado dentro do maior jogo de xadrez das relações entre EUA e Venezuela. À medida que o mundo observa o desenrolar da dinâmica, a interseção de sátira e estratégia no estilo de comunicação de Trump continua a moldar seus alertas em torno da crise política da Venezuela. Se essa abordagem renderá dividendos diplomáticos ou aprofundará ainda mais as divisões, ainda está por se ver, mas ela sem dúvida mantém a audiência global engajada no drama da política internacional.