O representante comercial dos Estados Unidos, Jamieson Greer, afirmou que 40% das tarifas impostas a produtos brasileiros estão ligadas a “preocupações extremas com o Estado de Direito, a censura e os direitos humanos” no Brasil.
A taxa de 50% sobre itens importados do Brasil entrou em vigor em agosto de 2025. De acordo com Greer, 10% dessas tarifas correspondem à tarifa recíproca “que todos os países enfrentam”, destinada a “controlar o déficit comercial global”. Ao detalhar os 40% restantes, Greer mencionou, sem nomear ninguém, que “um juiz brasileiro assumiu a responsabilidade de ordenar que empresas americanas se autocensurem, emitindo ordens secretas para gerenciar o fluxo de informações”.
Ele também acrescentou que a situação diz respeito ao “Estado de Direito em relação a oponentes políticos no Brasil”. A declaração de Greer foi feita durante uma coletiva de imprensa sobre as relações comerciais dos EUA com a China, ao lado do secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent, nesta quarta-feira (14/10).
Bessent interrompeu Greer e afirmou que ocorreu “detenção ilegal de cidadãos americanos que estavam no Brasil”.
Assista:
Essas declarações acontecem um dia antes de uma reunião entre Brasil e Estados Unidos para discutir as tarifas. O encontro entre o chanceler Mauro Vieira e o secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, está agendado para esta quinta-feira (16/10), conforme confirmado pelo petista Lula da Silva (PT).


















