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Ações da CIA, Envio de Bombardeiros e Militares a postos: Os sinais de Trump para derrubar Maduro

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou na quarta-feira (15) que autorizou operações secretas da Agência Central de Inteligência (CIA, na sigla em inglês) na Venezuela e disse estudar ataques terrestres contra cartéis de drogas. O movimento representa mais uma ação do governo norte-americano contra o regime de Nicolás Maduro.

As tensões entre Venezuela e Estados Unidos começaram a se intensificar em agosto, quando Washington anunciou o envio de navios e aeronaves militares para o sul do Caribe.

1-Pelo menos oito navios americanos, além de um submarino nuclear, estão em uma área próxima à costa venezuelana. As embarcações carregam armas e centenas de militares.

2-O governo norte-americano conduz uma operação militar contra o tráfico internacional de drogas e já bombardeou uma série de barcos transportando entorpecentes.

3-Ao mesmo tempo, os EUA acusam Maduro de liderar o Cartel de los Soles, grupo classificado como organização narcoterrorista.

4-Em agosto, o Departamento de Justiça ofereceu uma recompensa de US$ 50 milhões por informações que levem à prisão do presidente venezuelano.

Desde setembro, autoridades da Casa Branca ouvidas pela imprensa norte-americana vêm afirmando que os EUA estudavam a possibilidade de um ataque contra a Venezuela. Segundo o jornal “The New York Times”, o objetivo final de toda essa movimentação seria tirar Maduro do poder.

O que até então circulava apenas nos bastidores — e era tratado como hipótese por especialistas — começou a ganhar traços de realidade durante uma entrevista coletiva do presidente na Casa Branca, nesta terça-feira (14).

1-Trump confirmou informações reveladas pelo “New York Times” e admitiu que havia autorizado operações secretas da CIA na Venezuela.

2-Segundo o presidente, as ações são necessárias porque a Venezuela esta enviando drogas e criminosos para os Estados Unidos.

3-“Cada barco que destruímos, salvamos 25 mil vidas de americanos”, afirmou. “Certamente estamos olhando para a terra agora, porque temos o mar muito bem controlado.”

4-No mesmo dia, bombardeiros dos EUA sobrevoaram uma região muito próxima do território venezuelano.

O “New York Times” afirmou que “operações letais” também estão no radar e que as ações secretas podem mirar o líder venezuelano e seu governo.

Segundo o jornal, não está claro se a CIA já tem um plano traçado, se as operações de fato ocorrerão ou quando serão colocadas em prática. O que se sabe, até o momento, é que Trump autorizou que a agência aja contra a Venezuela por questões de segurança nacional.

Por trás dos possíveis planos de Trump:

Os movimentos dos EUA são, provavelmente, uma ação político-militar para tentar derrubar o governo de Nicolás Maduro.

Especialistas apontam que o acesso ao petróleo e às riquezas minerais da Venezuela também estaria no radar. Dados do Relatório Mundial de Energia de 2025 indicam que a Venezuela continua sendo o país com as maiores reservas de petróleo do mundo, com 302,3 bilhões de barris.

O aumento da concentração de tropas americanas no Caribe e o anúncio envolvendo a CIA indicam que os EUA podem estar se preparando para uma grande operação militar na Venezuela. Confira algumas possibilidades, como:

1-ataques a alvos de grande importância na Venezuela;

2-tentativa de assassinar ou capturar líderes políticos e militares do país;

3-provocar uma revolta popular contra o governo venezuelano por meio da força militar.

Para convencer a opinião pública da necessidade da operação, o governo Trump ALERTA que existe uma organização criminosa a ser combatida. Ao mesmo tempo, a Casa Branca tem usado uma linguagem mais ligada à segurança pública do que à guerra.

1-Vale lembrar que Trump acusa Maduro de liderar o Cartel de los Soles.

2-Governo Trump afirma que Maduro seja um dos principais beneficiários do esquema, que também conta com a participação de militares e autoridades do governo venezuelano.

3-As relações entre EUA e Venezuela vêm se deteriorando há anos. Washington impôs sanções econômicas ao país, citando violações de direitos humanos e corrupção, além de não reconhecer o governo de Maduro como legítimo.

Sobrevoo de bombardeiros

Na quarta-feira, três bombardeiros B-52 fizeram um voo em uma região muito próxima da Venezuela.

1-As aeronaves sobrevoaram a chamada “FIR” — Região de Informação de Voo, na sigla em inglês.

2-Essa área está fora do território venezuelano, mas fica sob jurisdição do país. Sendo assim, aviões precisam se identificar ao controle do espaço aéreo da Venezuela.

O B-52 é um modelo fabricado pela Boeing, com capacidade para ataque nuclear. O avião carrega armas de alta precisão e pode voar por mais de 14 mil quilômetros sem reabastecer. É considerado a espinha dorsal da força de bombardeiros estratégicos dos Estados Unidos.

A manobra com os bombardeiros representa uma provocação à Venezuela, em uma tentativa dos EUA de mostrar que estão muito próximos do território do país.

Imagens do FlightRadar mostraram que a rota traçada pelos aviões lembrava um desenho obsceno.

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