Home / Geopolítica / Bombardeiros Ameaçam Caracas: Alerta dos EUA Abala a Venezuela

Bombardeiros Ameaçam Caracas: Alerta dos EUA Abala a Venezuela

Connfira como tudo começou:

Na manhã de quarta-feira, 15 de outubro de 2025, o mundo acompanhou com atenção uma operação militar dos Estados Unidos que colocou a Venezuela em estado de alerta. Dois bombardeiros B-52 Stratofortress, identificados como BUNNY01 e BUNNY02, foram avistados sobrevoando a região entre Porto Rico e a Venezuela, com trajetórias que os levaram perigosamente perto de Caracas. O que começou como um suposto voo de treinamento rapidamente escalou para uma demonstração de força que mobilizou a defesa aérea venezuelana e gerou reações internacionais, segundo uma série de postagens nas redes sociais.

Última atualização sobre os bombardeiros em Caracas:

Confira como tudo começou:

Aeronave B-52 na Venezuela

O B-52 Stratofortress é um bombardeiro estratégico de longo alcance pertencente à Força Aérea dos Estados Unidos (USAF). Desenvolvido pela Boeing no início da Guerra Fria, realizou seu primeiro voo em 1952 e, apesar de ter sobrevivido a sete décadas de serviço, continua sendo um dos símbolos mais poderosos do arsenal militar americano. Seu design robusto, longo alcance e capacidade de carga os mantiveram relevantes em um contexto geopolítico que mudou drasticamente desde sua criação.

Com um alcance de mais de 14.000 quilômetros sem reabastecimento e capacidade para transportar mais de 32 toneladas de armas, o B-52 combina potência e alcance global. Sua velocidade máxima é de cerca de 1.000 quilômetros por hora, e sua tripulação é composta por cinco pessoas: piloto, copiloto, navegador, oficial de guerra eletrônica e um segundo navegador. Ao longo de sua história, provou ser uma plataforma adaptável, capaz de incorporar novas tecnologias e sistemas de defesa.

Em termos de capacidade de combate , o B-52 pode transportar bombas convencionais, mísseis de cruzeiro AGM-86 com capacidade nuclear e bombas atômicas como a B61 e a B83. Além disso, foi adaptado para o uso de armas inteligentes e guiadas com precisão, permitindo-lhe participar de operações modernas com um nível de precisão antes impensável. Devido à sua potência e versatilidade, continua sendo um elemento-chave no chamado “triângulo nuclear dos EUA”, juntamente com submarinos e mísseis balísticos intercontinentais.

A B-52 Stratofortress assigned to the 2nd Bomb Wing at Barksdale Air Force Base, Louisiana takes off at Andersen Air Force Base, Guam in support of a Bomber Task Force mission, April 14, 2023. Bomber missions demonstrate lethality and interoperability in support of a free and open Indo-Pacific. (U.S. Air Force photo by Airman 1st Class William Pugh)

O Início da Operação

Às 13:36 diversos perfis nas redes sociais publicaram as primeiras imagens capturadas pelo Flightradar24, mostrando os B-52 a caminho da Venezuela. A postagem inicial sugeriu que a missão poderia ser um exercício rotineiro, mas alertou que a proximidade com o território venezuelano poderia inquietar Nicolás Maduro, o líder do país. Dados técnicos dos aviões, como o modelo Boeing B-52H Stratofortress e o registro 61-0010, foram compartilhados, alimentando especulações sobre as intenções dos EUA.

Aproximação e Tensão em Caracas

Cerca de 11 minutos depois, uma atualização revelou que BUNNY01 estava a apenas 300 km de Caracas. Às 13:50 UTC, a distância caiu para 250 km, com a rota apontando diretamente para a capital. Essa movimentação levantou questionamentos sobre se o voo era apenas um treinamento ou uma mensagem geopolítica. Às 14:00 UTC, os bombardeiros alteraram sua trajetória, afastando-se de Caracas e dirigindo-se ao sul, possivelmente rumo a Trinidad e Tobago, mas a tensão já estava instaurada.

Escalada com um Terceiro Bombardeiro

Às 14:10, a situação ganhou novos contornos com a detecção de um terceiro B-52, BUNNY03, juntando-se aos outros dois a cerca de 400 km de Caracas. Isso indicou uma operação coordenada, intensificando as especulações. Às 14:12 UTC, relatórios confirmaram que a Venezuela havia ativado sua defesa aérea, com radares rastreando os aviões americanos, e Maduro ordenou um alerta máximo.

Resposta Venezuelana e Declarações Oficiais

Às 14:18 imagens de caças venezuelanos, possivelmente Su-30 Flanker, decolando de bases próximas a Caracas circularam nas redes. Quatro minutos depois, às 14:22 UTC, o ministro da Defesa, Vladimir Padrino López, emitiu um comunicado condenando a “provocação imperialista” dos EUA e afirmando que a Venezuela estava pronta para se defender. A resposta militar e retórica marcou o pico da crise.

Nova Rota e Reações Internacionais

Às 14:30 os B-52 começaram a recuar, com BUNNY01 e BUNNY02 retornando ao norte em direção a Porto Rico, enquanto BUNNY03 permaneceu mais ao sul. Às 14:35 postagens sugerem que o sobrevoo foi uma demonstração de força dos EUA, possivelmente ligada a sanções ou negociações com Maduro. Às 14:40 UTC, Rússia e Cuba expressaram preocupação, com Moscou classificando a ação como “irresponsável” e exigindo esclarecimentos.

Desfecho e Impacto

Às 14:50 UTC, a Venezuela reduziu seu alerta após os B-52 se distanciarem, embora mantendo monitoramento. Às 15:05 UTC, todos os três bombardeiros estavam fora do espaço aéreo venezuelano, retornando a bases americanas, encerrando o incidente sem confronto. Às 15:15 UTC, postagens destacaram que o episódio reforçou a instabilidade regional, com Maduro usando a situação para justificar medidas internas de segurança. Às 15:25 UTC, países caribenhos como Trinidad e Tobago declararam neutralidade, enquanto a Colômbia monitorava de perto. Até 15:40 UTC, os EUA não emitiram declarações oficiais, mas a movimentação foi interpretada como uma estratégia de pressão sobre Maduro.

O sobrevoo dos B-52, que começou como um alerta rotineiro e evoluiu para uma operação com três bombardeiros, gerou um breve, mas intenso, momento de tensão entre os EUA e a Venezuela. Sem escalada militar confirmada, o incidente deixou um impacto diplomático significativo, com reações de Rússia, Cuba e países vizinhos. Resta saber se essa demonstração de força será um prenúncio de novas ações ou apenas uma advertência temporária no tabuleiro geopolítico da região.

Marcado:

Sign Up For Daily Newsletter

Stay updated with our weekly newsletter. Subscribe now to never miss an update!

I have read and agree to the terms & conditions

Deixe um Comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *