Por Moisés do Canal Pátria e Defesa
Em uma das maiores mobilizações militares recentes na região, os Estados Unidos, sob a ordem do presidente Donald Trump, desencadearam uma intensa operação no Mar do Sul do Caribe. Esta ação, classificada por Trump como uma ofensiva crucial contra o narcotráfico e o terrorismo, elevou drasticamente as tensões geopolíticas, especialmente com a Venezuela.
O que está acontecendo no Caribe?
A operação militar dos EUA na região, concentrada principalmente nas águas próximas à costa venezuelana e na área de responsabilidade do Comando Sul dos EUA (USSOUTHCOM), envolveu um significativo aparato bélico.
A mobilização incluiu:
Recursos Navais: O envio de destróieres, um cruzador lança-mísseis, navios de guerra adicionais, e até mesmo um submarino de ataque com propulsão nuclear.
Forças e Aeronaves: O deslocamento de mais de 4.000 fuzileiros navais e marinheiros, além do envio de caças F-35 para bases como Porto Rico, reforçando a capacidade aérea da operação.
Ações Cinéticas: O governo Trump confirmou ter ordenado ataques letais, incluindo o afundamento de uma embarcação ligada a organizações terroristas designadas e ao narcotráfico.
Os Objetivos de Donald Trump com a Operação
Apesar de a ação ser vista combate ao crime organizado, os objetivos da operação são duplos: o declarado (antidrogas) e o geopolítico (pressão sobre a Venezuela).
1. O Objetivo Declarado: Guerra ao Narcotráfico e ao Terrorismo
A Casa Branca, sob Trump, justificou a operação como uma medida essencial para proteger os cidadãos americanos da entrada de drogas ilícitas, como o fentanil. A ofensiva visa organizações criminosas classificadas como terroristas internacionais, como o Cartel de los Soles e a gangue venezuelana Tren de Aragua. Trump insistiu que a ação é vital para interromper as rotas de tráfico na área do USSOUTHCOM.
2. O Objetivo Geopolítico: Pressão Máxima Contra Nicolás Maduro
O verdadeiro impulso para a operação é a pressão contra o regime de Nicolás Maduro na Venezuela.
Ligação entre Drogas e Estado: A operação coincidiu com o aumento da recompensa dos EUA pela prisão de Maduro, que é acusado pelo Departamento de Estado de ser o chefe do Cartel de los Soles. Ao enquadrar o esforço militar como uma missão antidrogas e antiterrorismo, a administração americana liga diretamente o governo venezuelano ao crime organizado, por isso a intensa presença militar.
Demonstração de Força: A mobilização de um arsenal significativo, incluindo um submarino nuclear e caças F-35, serviu como uma clara demonstração de força, vista como uma forma de intimidação e coerção política para desestabilizar ou forçar uma mudança de regime em Caracas.
A Resposta da Venezuela
Em resposta à ação americana, a Venezuela ativou uma série de exercícios militares em larga escala. O governo de Nicolás Maduro classificou a movimentação dos EUA como um “cerco” e uma “ameaça à paz regional”.
Com o nome de”Operação Caribe Soberano”, o regime venezuelano mobilizou milhares de tropas, aeronaves de combate, navios, e a Milícia Bolivariana em áreas estratégicas do Caribe, como a ilha La Orchila. O objetivo declarado de Maduro é “dissuadir” qualquer “aventura” militar dos EUA, defendendo a soberania do país e suas riquericas, mas tem passado muita vergonha com os vídeos que vem publicando na internet como o abaixo
A tensão permanece alta, com a comunidade internacional, incluindo o Brasil e a Colômbia, monitorando de perto a situação, temendo um confronto direto que possa desestabilizar toda a região do Caribe e da América Latina.