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EUA Testam Mísseis Trident II em Resposta aos Avanços Nucleares da China

Os EUA realizaram quatro lançamentos de teste de mísseis Trident II D5 (não armados) de um submarino da classe Ohio (um SSBN, submarino balístico nuclear).

Confira a postagem da Marinha dos EUA:

Isso faz parte de uma série de testes anuais para verificar a confiabilidade do sistema de dissuasão nuclear, sem ogivas nucleares ativas. O almirante Johnny R. Wolfe, diretor dos Programas de Sistemas Estratégicos da Marinha dos EUA, confirmou que os testes demonstram “a credibilidade e a confiabilidade de nossas capacidades de dissuasão estratégica”.

Não foi uma resposta a eventos atuais, mas ocorre em contexto de tensão com a China, que exibiu cinco novos tipos de mísseis (incluindo o JL-3 SLBM) em um desfile militar em Pequim no início de setembro de 2025.Esses testes são rotineiros: os EUA realizam cerca de 4-6 por ano desde os anos 1960. Eles servem para manter o “triângulo nuclear” americano (submarinos, mísseis terrestres e bombardeiros), que detém adversários como China e Rússia.Onde OcorreuLocal de lançamento: Oceano Atlântico Oriental, de um submarino baseado na Costa Leste dos EUA (provavelmente em Kings Bay, Geórgia). O submarino não foi identificado publicamente por razões de segurança.

Trajetória e impacto: Os mísseis seguiram uma trajetória balística padrão, com ogivas de teste (não nucleares) caindo em áreas designadas no Atlântico, longe de territórios estrangeiros. Isso evita mal-entendidos, e os EUA notificaram aliados e potências nucleares (como Rússia e China) com antecedência, conforme obrigações bilaterais.

Tipo de Equipamento UtilizadoMíssil: Trident II D5 (também chamado D5LE, versão de vida estendida). É um SLBM de combustível sólido, com alcance de até 12.000 km, capaz de carregar múltiplas ogivas nucleares independentes (MIRV, até 8 por míssil, cada uma com 100-475 kt de potência). No teste, usaram ogivas simuladas (não nucleares) para fins de verificação.

Plataforma de lançamento: Submarino nuclear da classe Ohio (SSBN-726), o principal vetor do arsenal nuclear submerso dos EUA. Cada um carrega até 20 mísseis Trident e patrulha em sigilo para garantir uma “segunda greve” nuclear.

Contexto técnico: Os testes verificam sistemas de propulsão, orientação inercial e reentrada atmosférica. A Marinha opera 14 desses submarinos, com 6 baseados na Costa Leste.

Reação da China: Pequim não comentou oficialmente os testes dos EUA, mas destacou seus próprios avanços no desfile de 15 de setembro, incluindo o JL-3 SLBM (alcance 10.000 km, capaz de atingir os EUA continentais). Podemos ver isso como uma “corrida armamentista nuclear”, com a China expandindo seu arsenal para 600 ogivas (terceiro maior do mundo), visando paridade com os EUA (3.700 ogivas).

Em maio de 2025, a Força Aérea dos EUA testou um Minuteman III ICBM (terrestre) no Pacífico, também não armado.

A China testou um ICBM DF-31AG no Pacífico em setembro de 2024, seu primeiro desde os anos 1980, caindo em zona livre de nucleares no Pacífico Sul, o que gerou preocupações regionais.

Relatórios da DIA (Agência de Inteligência de Defesa dos EUA) preveem que a China terá mísseis nucleares em órbita (FOBS) até 2035, potencialmente contornando defesas americanas.

O teste de 24 de setembro, pode ser ligado diretamente aos avanços chineses. Outras discussões mencionam hipersônicos (como o Dark Eagle dos EUA) e bombardeiros B-52 sobre o Pacífico. Fica o alerta para uma escalada, já que testes como esses fortalecem a dissuasão. Os EUA planejam mais testes até o fim de 2025, enquanto a China acelera sua modernização nuclear.

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