Uum incidente grave abalou as operações navais russas no Mediterrâneo. O submarino Novorossiysk, da classe Kilo e parte da Frota do Mar Negro da Rússia, sofreu um vazamento crítico de combustível enquanto realizava uma patrulha perto do Estreito de Gibraltar. De acordo com relatos, o problema técnico no sistema de combustível causou o acúmulo de combustível na seção de porão da embarcação, colocando em risco tanto a tripulação quanto o meio ambiente.
Este incidente provavelmente explica sua aparição na superfície no Estreito de Gibraltar ontem. Relatórios vazados indicam que o submarino não possui as peças necessárias e especialistas qualificados para reparos, com o acúmulo de combustível representando um risco de explosão. A tripulação pode tentar bombear o combustível diretamente para o mar como último recurso. Relatos não confirmados do incidente estão circulando, mas nenhuma evidência definitiva surgiu. A presença do navio de apoio MB-119 no Mediterrâneo sugere que o submarino permanece na região, possivelmente aguardando melhores condições marítimas para trânsito, consistente com operações anteriores na superfície escoltadas por um pequeno navio de apoio. Neste estágio, a situação se alinha com atrasos operacionais padrão e não com uma anomalia. Nenhum detalhe adicional foi confirmado e a situação permanece crítica.

Este incidente remete à trágica explosão do submarino Kursk em 2000, no Mar de Barents, que resultou na morte de 118 marinheiros russos. Assim como naquele caso, a falta de informações oficiais da Rússia sobre o estado atual do Novorossiysk e da segurança de sua tripulação levanta preocupações. Fontes como o canal Telegram VChk-OGPU, conhecido por vazamentos ligados a setores de segurança russos, indicaram que o submarino pode ter sido forçado a bombear o combustível para o mar, uma medida que, embora aliviaria a pressão interna, aumentaria os riscos de detecção e causaria danos ambientais no Mediterrâneo.

O Novorossiysk foi avistado na superfície do Estreito de Gibraltar apenas um dia antes do acidente, sugerindo que estava em uma missão de rotina. No entanto, a fragilidade da Frota do Mar Negro ficou ainda mais evidente com perdas anteriores, como a destruição do submarino Rostov-on-Don por forças ucranianas em agosto de 2024. Além disso, a presença de um submarino nuclear da Marinha Real britânica nas proximidades do Novorossiysk em novembro passado, como medida dissuasória, reflete as tensões crescentes na região.

Diferente do que alguns comentários nas redes sociais sugeriram, os submarinos da classe Kilo, como o Novorossiysk, são movidos a diesel-elétrico, e não a energia nuclear, o que limita sua autonomia submersa. Apesar disso, o vazamento expõe sérios desafios de manutenção e logística enfrentados pela marinha russa. Especialistas temem que, se o problema não for resolvido rapidamente, o risco de uma explosão a bordo permaneça elevado, podendo levar a uma perda de vidas e a um revés estratégico significativo.
Até o momento, a Rússia não emitiu um comunicado oficial, deixando o mundo na expectativa sobre as consequências deste incidente. Enquanto isso, as implicações ambientais e a deterioração da capacidade naval russa continuam a gerar debates, destacando vulnerabilidades que podem alterar o equilíbrio de poder no Mediterrâneo.
SUBMARINOS RUSSOS
Quantos submarinos a Rússia ainda possui?
De acordo com a lista de navios ativos da Marinha Russa (fonte: Wikipédia, atualizada em 24 de setembro de 2025), a frota total de submarinos em serviço ativo é de aproximadamente **64 unidades**. Essa estimativa inclui:
– 13 submarinos de mísseis balísticos** (como os da classe Borei).
-7 submarinos de mísseis de cruzeiro** (como os da classe Yasen).
-18 submarinos de ataque nucleares** (diversas classes, incluindo Akula e Severodvinsk).
-18 submarinos de ataque diesel-elétricos** (principalmente da classe Kilo).
-8 submarinos de propósito especial** (usados para missões de inteligência ou transporte submerso).
No entanto, esse número pode ter diminuído ligeiramente devido a perdas recentes, como o submarino Rostov-on-Don, destruído pela Ucrânia em agosto de 2024, e o possível impacto do incidente com o Novorossiysk. Considerando essas perdas e a baixa taxa de reposição, a frota atual pode estar próxima de **60 a 62 submarinos** em operação.
Quantos submarinos da classe Kilo a Rússia possui?
A classe Kilo (designação russa Projeto 877 Paltus e suas variantes, como o Projeto 636.3 ou Improved Kilo II) é um dos pilares da frota de submarinos diesel-elétricos da Rússia. Até 2023, a Rússia possuía cerca de **18 submarinos Kilo em serviço ativo**, conforme detalhado na lista da Marinha Russa. Desses, vários foram modernizados para a variante Improved Kilo II, equipada com mísseis Kalibr.
Com a perda do Rostov-on-Don e o possível comprometimento do Novorossiysk devido ao incidente de 27 de setembro de 2025, o número atual de submarinos Kilo operacionais pode ter caído para **16 a 17 unidades**, dependendo do estado final do Novorossiysk. A Rússia continua a construir novos submarinos dessa classe, com pelo menos dois ou três Improved Kilo II em construção ou em fase de entrega, o que pode estabilizar esse número no futuro próximo.
Quantos mísseis esse submarino Kilo carrega?
Os submarinos da classe Kilo, especialmente as variantes modernizadas como o Projeto 636.3 (Improved Kilo II), são equipados com lançadores de mísseis de cruzeiro Kalibr (designação NATO: SS-N-27A “Sizzler”). A capacidade de mísseis varia conforme a configuração:
– Versão padrão (Projeto 877):** Geralmente não possui lançadores de mísseis de cruzeiro, focando em torpedos (6 tubos de 533 mm, carregando até 18 torpedos ou minas).
-Versão modernizada (Projeto 636.3):** Equipada com até **6 lançadores verticais** para mísseis Kalibr, permitindo o transporte de **até 24 mísseis de cruzeiro** em algumas configurações (embora a carga típica seja de 4 a 6 mísseis por missão, dependendo da logística e da missão específica).
O Novorossiysk, sendo um Improved Kilo II, provavelmente carrega entre **4 e 6 mísseis Kalibr** em uma missão padrão, além de torpedos para autodefesa. Esses mísseis têm alcance de até 2.500 km (versão 3M-14) e podem ser usados contra alvos terrestres ou navais.
Qual é a tripulação do submarino Kilo?
A tripulação de um submarino da classe Kilo varia dependendo da missão e da variante, mas geralmente é composta por:
-52 a 57 tripulantes** na configuração padrão (Projeto 877).
-Até 70 tripulantes** nas versões modernizadas (Projeto 636.3), devido à maior complexidade dos sistemas e à necessidade de pessoal adicional para operar os mísseis Kalibr.
O Novorossiysk, como um Improved Kilo II, provavelmente opera com uma tripulação de cerca de **60 a 70 pessoas**, incluindo oficiais, engenheiros e especialistas em armamento. No contexto do incidente atual, a segurança dessa tripulação permanece incerta, já que a Rússia não divulgou informações oficiais.
Quantos submarinos mais modernos a Rússia tem?
A Rússia tem investido em submarinos de última geração para modernizar sua frota, embora o ritmo de construção seja limitado por sanções e dificuldades econômicas. Os submarinos considerados “mais modernos” incluem:
1.Classe Borei (Projeto 955/955A):**
-9 unidades** em serviço ou em fase final de comissionamento (até 2025), dos quais 3 são da variante Borei-A.
– Esses são submarinos balísticos nucleares projetados para carregar mísseis balísticos intercontinentais Bulava.
2.Classe Yasen (Projeto 885/885M):**
– **5 unidades** em serviço ou em testes (como o Kazan e o Novosibirsk), com mais 5 em construção.
– Submarinos de ataque nucleares multifuncionais, equipados com mísseis Kalibr, Oniks e, futuramente, Zircon.
3. **Classe Lada (Projeto 677):**
– Apenas **1 unidade** (o Kronstadt) em serviço limitado, com outros dois em testes ou construção.
– Submarinos diesel-elétricos stealth, mas com desenvolvimento atrasado, sendo parcialmente substituídos por mais Kilos melhorados.
**Total de submarinos modernos:** Aproximadamente **15 a 17 unidades**, dependendo do estágio de comissionamento. Esses submarinos representam a espinha dorsal da modernização naval russa, com foco em capacidades nucleares e stealth, embora ainda sejam menos numerosos que os Kilos e outras classes mais antigas.
Considerações Finais
– A frota de submarinos russos, estimada em 60 a 62 unidades, reflete uma mistura de tecnologia antiga e moderna, com a classe Kilo ainda sendo um componente essencial apesar de perdas recentes.
– O incidente com o Novorossiysk destaca vulnerabilidades logísticas e de manutenção, que podem afetar ainda mais a disponibilidade operacional.
– A modernização com Borei, Yasen e Lada é promissora, mas lenta, sugerindo que a Rússia dependerá de suas classes herdadas por mais alguns anos.
Esses dados são estimativas baseadas em fontes abertas e podem variar conforme novos relatórios oficiais ou desdobramentos do incidente do Novorossiysk.


















