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Sanções de Trump: Bancos Brasileiros na Mira Antes dos Grandes Alvos do STF

É alarmante constatar como o Brasil, em sua teimosia diplomática, pode estar cavando sua própria sepultura financeira nas relações com os Estados Unidos. Baseado em notícias recentes e nas ações de Trumo contra o Brasil, o governo do Republicano já deu passos concretos para pressionar instituições financeiras brasileiras a cumprirem a Lei Magnitsky, aplicada inicialmente contra o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).

No entanto, enquanto bancos como o Banco do Brasil (BB) buscam manobras para “driblar” essas sanções, o risco de retaliações americanas se multiplica – e pode começar exatamente por eles, antes de atingir outros ministros do STF e políticos de alto escalão. Isso não é mera especulação: é uma estratégia calculada que reflete a agenda de Trump em defender aliados como Jair Bolsonaro, e o Brasil insiste em não sancionar internamente nem mesmo Moraes, o que só alimenta o fogo.

Para entender a gravidade, basta olhar os fatos. Em julho de 2025, o Departamento do Tesouro dos EUA invocou a Global Magnitsky Human Rights Accountability Act contra Alexandre de Moraes, acusando-o de violações graves aos direitos humanos, como detenções arbitrárias e supressão da liberdade de expressão – especialmente no contexto do julgamento de Bolsonaro por suposta tentativa de golpe após as eleições de 2022. Essa lei, originalmente criada para punir corruptos e abusadores de direitos, congelou ativos de Moraes nos EUA e proibiu transações com empresas americanas, incluindo cartões Visa e Mastercard. Moraes, que não tem patrimônio nos EUA, minimizou o impacto pessoal, mas o verdadeiro alvo são as instituições que lidam com ele.

Aqui entra o papel dos bancos brasileiros. No dia 2 de setembro de 2025, coincidente com o início do julgamento de Bolsonaro na Primeira Turma do STF, o Tesouro americano enviou notificações formais a cinco grandes instituições: Banco do Brasil, Bradesco, Itaú Unibanco, Santander Brasil e BTG Pactual. Essas cartas questionam as medidas tomadas para bloquear transações de Moraes, sob pena de multas pesadas ou exclusão do sistema financeiro dos EUA. Oferecer “suporte material” a uma pessoa sancionada – mesmo sem transações em dólar diretas – já é suficiente para acionar as sanções secundárias. O BB, em particular, é um caso emblemático: como cliente de Moraes, o banco estuda desvios de operações em dólar para filiais estrangeiras ou consultas a advogados americanos, mas admite que isso não isenta a obrigação de reportar ao Federal Reserve. É uma dança perigosa, e o governo Trump não parece disposto a tolerar malabarismos.

O assunto é sério porque o Brasil, ao contrário de nações que rapidamente alinham suas políticas às sanções americanas, optou por resistir. O STF, por meio de decisões como a de Flávio Dino, argumenta que leis estrangeiras não se aplicam automaticamente no território nacional, e Moraes inclusive alertou que bancos brasileiros poderiam ser punidos localmente por congelarem ativos em reais. Essa postura desafiadora ignora o poder extraterritorial da Magnitsky: bancos com presença nos EUA (e a maioria dos grandes tem) arriscam perder acesso ao dólar, o que paralisaria exportações, remessas e investimentos. Já há precedentes: cartões de crédito de Moraes foram cancelados, e ações de bancos brasileiros despencaram em meio à incerteza. Se o não cumprimento persistir, Trump pode escalar, impondo sanções diretas a essas instituições – multas bilionárias, bloqueio de correspondentes cambiais ou até tarifas adicionais de 50% sobre exportações brasileiras, semelhantes às já aplicadas em retaliação à perseguição a Bolsonaro.

E por que isso estaria nos planos de Trump? O presidente americano vê no caso brasileiro uma oportunidade de intervir em nome de aliados ideológicos. Eduardo Bolsonaro, exilado nos EUA, tem pressionado por mais ações, e figuras como o deputado Cory Mills e senadores republicanos já enviaram cartas ao Tesouro pedindo sanções ampliadas. A administração Trump notificou não só bancos, mas sinaliza expansão para empresas de telefonia, provedores de internet estrangeiros e bandeiras de cartões de crédito com operações no Brasil. A mulher de Moraes, Viviane Barci de Moraes, pode ser a próxima na lista. Antes de sancionar mais ministros do STF (como Cármen Lúcia ou Cristiano Zanin, envolvidos no julgamento) ou políticos do PT, Trump usaria os bancos como alavanca: punir instituições financeiras brasileiras forçaria o governo Lula a recuar, sob ameaça de colapso econômico. O Brasil insiste em não aplicar sanções internas a Moraes – nem mesmo para alinhar-se aos EUA –, o que só reforça a narrativa americana de “interferência em direitos humanos” e justifica uma ofensiva mais ampla.

Amigos do Portal Código 22, vejo isso como um alerta vermelho. O governo brasileiro brinca com fogo ao priorizar soberania interna sobre realpolitik global. Trump, com sua agenda protecionista e anti-globalista/comunista, não hesitará em usar a Magnitsky como arma contra a “caça às bruxas” no STF. Se os bancos não cumprirem – e o BB já tenta “driblar” –, as sanções virão primeiro para eles, criando um efeito dominó que atingirá autoridades e políticos.

É hora de o Brasil negociar, antes que o dólar se torne um luxo inalcançável. A independência não pode ser sinônimo de isolamento econômico.

Editorial escrito por Moisés do Canal Pátria e Defesa exclusivo para o Portal O Código 22

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