Documentos até então inéditos mostram que a Advocacia-Geral da União (AGU) foi informada do crescimento expressivo de golpes contra aposentados e pensionistas do INSS por meio de empréstimos consignados fraudulentos e descontos associativos ilegais, mas levou quase um ano para adotar providências concretas.Em março de 2024, após auditoria de rotina realizada pela Corregedoria, procuradorias regionais da AGU nos estados do Sul do país comunicaram à sede do órgão um “maior volume de trabalho envolvendo ações de fraude em consignados e descontos associativos”.

Em julho do mesmo ano, essas mesmas unidades regionais encaminharam proposta oficial para que a AGU determinasse a suspensão imediata dos convênios mantidos por entidades junto ao INSS. O relatório contendo o alerta e a recomendação foi formalmente aprovado em outubro de 2024.Mesmo com os sucessivos avisos internos e a aprovação do documento, nenhuma alteração foi implementada e a situação permaneceu inalterada.
Assista:
Nota da AGU
Em nota, a AGU diz que o relatório não apontou fraudes no INSS, apenas identificou aumento atípico de ações sobre descontos associativos, levando a recomendações ao INSS. Quanto à escolha de Rodrigo Dowsley, a AGU diz que ele foi nomeado por experiência técnica e que não havia qualquer ligação funcional com o ex-procurador Virgílio oliveira filho no período em que ambos passaram pelo INSS.


















